Deputado ignora propostas e mantém Orçamento Secreto com pouca transparência

Atualizado em 6 de dezembro de 2021 às 15:24
orçamento secreto deputado
Relator ignorou propostas sobre o Orçamento Secreto

O Deputado Hugo Leal, relator-geral do Orçamento Secreto (PSD -RJ), rejeitou as sugestões apresentadas por parlamentares para aumentar a transparência nos repasses. E também que limita a abrangência de quais áreas poderiam receber recursos públicos nesse formato. O Deputado ainda aumentou o rol de despesas e que poderão ser contempladas, com uma estimativa de mais de R$ 16 bilhões.

O mecanismo consiste na liberação de dinheiro público a deputados e senadores em troca de apoio ao governo de Jair Bolsonaro no Congresso. A distribuição dos recursos não tem critérios de transparência. Cabe a um grupo de parlamentares favoráveis aos interesses do Planalto definir como e onde esse dinheiro deve ser aplicado.

Neste domingo (5) Leal apresentou uma nova versão do parecer preliminar. Rejeitando as sugestões que poderiam aumentar o nível de transparência das verbas. E que possibilitasse a distribuição mais justa e igualitária das indicações entre deputados e senadores.

Leia mais:

1 – Engenheiro acredita ser possível encontrar avião da Malaysia Airlines, desaparecido há 7 anos

2 – Deputado vai propor medida judicial contra liberação de garimpos pelo general Heleno

3 – São Gabriel da Cachoeira, que recebeu 7 garimpos a mando de Heleno, abriga 23 etnias indígenas

Deputado aumenta o rol de despesas do Orçamento Secreto

O relator também aumentou o rol de despesas que poderão ser irrigadas com o recurso das emendas de relator no Orçamento no ano eleitoral. Serão 22 ações, desde saúde a turismo, além das programações já previstas no projeto.

O parecer preliminar deve ser votado nesta segunda-feira (6) na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Na prática, a proposta permite que as emendas RP9 superem R$ 16 bilhões. Com liberdade para o relator escolher onde aplicar o dinheiro e sem critérios de quem será atendido nas indicações, pontos criticados pelo Supremo ao suspender a execução dessas verbas, no mês passado.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link.

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link.