Orlando Silva diz que Telegram não pode funcionar “à revelia das leis”

Atualizado em 18 de março de 2022 às 22:15
Orlando Silva diz que Telegram não pode funcionar "à revelia das leis". Foto do deputado na plenária da câmara com expressão será e usando terno cinza.
Provedores de internet e plataformas digitais que descumprirem a decisão deverão pagar multa diária de R$ 100 mil. Foto: Reprodução / Câmara dos Deputados

O relator do projeto que propõe a regulação das plataformas digitais e criminaliza a disseminação de fake news, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), disse ao Globo nesta sexta (18) que o aplicativo Telegram não pode funcionar “à revelia das leis do país”. Ele falou ainda que espera que a medida possa estimular que a empresa cumpra a constituição brasileira.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal federal (STF), determinou que todas as plataformas digitais e provedores de internet passem a adotar mecanismos para suspender a utilização da ferramenta no país. O bloqueio foi solicitado pela Polícia Federal, que aponta um constante descumprimento da empresa para com as leis do Brasil.

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Orlando Silva afirmou que a medida aplicada ao Telegram era “uma decisão esperada”

“É uma decisão esperada. Não é razoável que uma empresa atue no Brasil, com 60 milhões de usuários, à revelia das leis do país. É uma decisão dura, grave, mas acredito que pode servir de estímulo para que o aplicativo possa cumprir as leis do país. Na Alemanha, o Telegram já teve que passar por mudanças por causa das exigências daquele país. Espero que ocorra o mesmo aqui”, disse o deputado.

Ele afirmou ainda que a proibição pode incentivar uma discussão de uma legislação em relação ao tema.

“A decisão só reforça a necessidade de o Congresso Nacional instituir normas e regras para o funcionamento dessas plataformas. Na Câmara, estamos na iminência de uma definição, com possibilidade de analisar o texto ainda em março. Vejo essa decisão como motivadora para que tenhamos um marco legal.”

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