Outdoors bolsonaristas ilegais se espalham pelo país e são denunciados ao TSE

O grupo Prerrogativas ainda defende que aconteça uma investigação para descobrir quem financia essas peças publicitárias caluniosas

Atualizado em 16 de agosto de 2022 às 14:30
Outdoors espalhados pelo país associam Lula com “bandido” e “aborto”. Imagem: Reprodução.

Os recentes outdoors espalhados por todo o país, que disseminam fake news sobre a esquerda e a relacionam com o aborto e “bandidos”, receberão uma representação do grupo Prerrogativas, que reúne advogados e juristas, para que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tome alguma providência sobre o assunto.

Para que isso aconteça, a Folha de S. Paulo revelou que o grupo está reunindo imagens dessas peças publicitárias idênticas espalhadas ao redor do país, para comprovar que é o caso de uma iniciativa centralizada coordenada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), não casos isolados e sem pretensão.

Em locais como Goiás e na região de Ribeirão Preto, em São Paulo, essas imagens mostram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com cara de bravo, ao lado de tópicos considerados “negativos”, relacionado com “mais impostos” e “obras em Cuba”, enquanto Bolsonaro aparece sorrindo de forma suave, associado com a “vida” e a “liberdade”.

Essas peças difamatórias também estão presentes em pontos movimentados de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o que fez a Justiça gaúcha determinar que essa publicidade política fosse retirada, reconhecendo o teor eleitoral.

Painel publicitário instalado em Porto Alegre que convoca a população para o 7 de setembro. Imagem: Reprodução.

Em nota, o grupo Prerrogativas afirma: “Nesse momento, varre o pais uma onda de fake news espalhadas massivamente com clara coordenação central”. O grupo defende que aconteça uma investigação para descobrir quem financia essa iniciativa caluniosa.

“O pais também se encontra tomado de outdoors-mídia que é banida do processo eleitoral e que não pode ser utilizada em período de pré-campanha quando veicula qualquer tipo de conteúdo eleitoral (art. 3°.A da Res. TSE n° 23.610)- que fazem apologia a Jair Bolsonaro”, pontua o texto.

“Além do uso da máquina pública, o projeto de poder bolsonarista mais uma vez se vale das técnicas de comunicação que o conduziram à vitória em 2018. difundindo já nesse momento embrionário do processo eleitoral uma política de comunicação centralizada e coordenada que se serve de noticias fraudulentas e desinformação, turvando também com isso o cenário de isonomia de processos eleitorais”.

Os advogados também citaram os ataques direcionados a Lula e sua esposa, Janja, ressaltando que todos aqueles que são opositores do presidente, acabam se tornando alvos de conteúdos ofensivos nas redes sociais.

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