Pacheco diz que não foi preso em golpe de Bolsonaro “graças à posse de Lula”

Atualizado em 9 de março de 2024 às 7:40
Lula e Rodrigo Pacheco posam no Congresso após ato que marca um ano dos ataques de 8 de janeiro. Foto: reprodução

Durante um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e senadores, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou a importância da eleição de Lula para a democracia brasileira, afirmando que não foi “preso graças à posse de Lula”. Em resposta, o petista mencionou o papel crucial de Pacheco na defesa da democracia e sugeriu a candidatura de Pacheco ao governo de Minas Gerais em 2026.

O evento também foi marcado pela defesa mútua entre Lula, Pacheco e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra possíveis prisões, conforme revelado pela Operação Tempus Veritatis, que revelou a trama golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados que consideravam a detenção do chefe do Senado e do magistrado.

Em sua fala durante o encontro, Pacheco enfatizou a relevância da eleição de Lula para a manutenção da democracia, especialmente diante de ameaças bolsonaristas de golpe, sendo lembrado por aliados das ameaças: “Inclusive a prisão do senhor e do Alexandre Moraes”, evocando a resposta do senador: “Isso mesmo, inclusive a minha e a do ministro Alexandre de Moraes”.

“Tenho plena consciência da importância que o senhor (Pacheco) teve para manutenção do processo democrático brasileiro, para a realização das eleições. E aí está o nosso governador de Minas Gerais”, respondeu Lula.

Presidente Lula e o presidente do Senado, Pacheco. Foto: reprodução.

Ainda durante a reunião, o senador Otto Alencar (PSD-BA) manifestou apoio à candidatura de Pacheco ao governo de Minas Gerais, afirmando que se fosse possível mudaria seu título de eleitor para conseguir eleger o colega de partido no estado mineiro.

Além disso, Pacheco defendeu o ministro Alexandre Padilha, ressaltando sua importância na articulação política do governo e dizendo que o ministro foi fundamental para a aprovação dos projetos governistas no Congresso Nacional no ano passado. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem adotado uma posição crítica em relação a Padilha.

Lira também planeja lançar um projeto de lei que visa retirar a competência do Ministério de Minas e Energia, colocando o Congresso como o único responsável por negociar as renovações de concessões com grandes grupos do setor elétrico. Essa iniciativa coloca em jogo uma área que atualmente é de responsabilidade do ministro Alexandre Silveira.

A previsão é que esses acordos, ao serem prorrogados, gerem investimentos que ultrapassam a marca dos R$ 180 bilhões. Considerando recentes episódios de apagões em cidades brasileiras, a renovação desses contratos, estabelecidos no governo Bolsonaro (PL), torna-se uma questão urgente, já que os primeiros vencem já em 2025.

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