Em conversa com Fabrício Rinaldi no Sabadão DCM, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) contou uma história de quando pegou um Uber que o questionou sobre o programa Mais Médicos e a verdadeira escravidão.
O petista lembrou que em uma corrida que daria em torno de R$ 25,00 antes da pandemia, o motorista questionou sobre o programa: “Você não sabia que uma parte do dinheiro dos mais médicos ficavam em Cuba? Você não acha isso é um absurdo? Escravidão, né”.
Padilha respondeu questionando quanto dinheiro ficaria com o Uber do total da corrida. “Uns R$ 8,00”, disse o motorista. “Se furar o pneu, você paga? Você colocou gasolina? Paga seguro?”, rebateu Padilha. Como esperado, as respostas foram afirmativas. “Estou mostrando que de tudo que eu pagava ficava menos para ele do que ficava no Mais Médicos em relação aos médicos cubanos”, enfatizou.
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Sonhos e escravidão
Padilha ainda questionou se o desejo do motorista sempre foi esse. O Uber negativou, então, dizendo que o é engenheiro desempregado.
“Olha só o seu raciocínio. Um jovem de família pobre em Cuba tem oportunidade de ser médico, com o curso todo bancado pelo sistema de saúde cubano, com contrato no Brasil de 30% a 35% para gastos no país, 35% como fundo para família dele e cerca de 30% para ministério da Saúde como se fosse um imposto. A diferença entre você e esse médico é que ele sonhou em ser médico”, ironizou.
“Você tá dizendo que ele está sendo injustiçado e não você que tá trabalhando com uma coisa que não queria?”, questionou o deputado. “É mas eu sou livre, ele não”, respondeu.
“Qual tipo de liberdade você acha que você tem?”, voltou a perguntar.
Confira Abaixo as explicações de Padilha: