Pai da menina que matou amiga aos 14 anos é bolsonarista e dono da arma do crime

Atualizado em 17 de fevereiro de 2024 às 22:24
Marcelo Cestari. Foto: Reprodução

Na última sexta (16), a estudante Bianca Cestari, de 18 anos, foi desligada da Faculdade São Leopoldo Mandic, localizada em Campinas (SP), onde estava matriculada no curso de Medicina, após uma mobilização dos colegas para que ela fosse removida do corpo discente da instituição.

A jovem assassinou acidentalmente a amiga Isabele Guimarães com um tiro no rosto em um condomínio de luxo na cidade de Cuiabá (MT), em 2020, quando ambas possuíam 14 anos.

A arma utilizada no acidente era do pai da jovem, o empresário Marcelo Cestari, o qual é um fanático bolsonarista. No perfil do empresário no Instagram, que é aberto ao público, o empresário se identifica como fundador da empresa Telc Telecom e candidato à presidência do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT).

Ele também é seguidor dos perfis de toda a família Bolsonaro, incluindo o ex-presidente e a ex-primeira-dama, além dos filhos de Jair: Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro.

Marcelo Cestari segue diversos perfis bolsonaristas. Foto: Reprodução

No dia do ocorrido, Marcelo chegou a ser preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, mas ele foi liberado da acusação e inocentado meses depois pelo juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá. Ele ainda chegou a ser indiciado pelos crimes de homicídio culposo, entregar arma a adolescente e fraude processual.

À época, o titular da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), Wagner Bassi, afirmou que Marcelo teria dificultado as investigações policias sobre o crime desde o principio.

Ele teria omitido informações dos médicos e policias, chegando a dizer que a jovem teria sofrido um acidente no banheiro da casa e que não teria nenhuma relação com sua arma sem registro.

No ano de 2021, Bianca foi indiciada pela Polícia Civil por ato infracional assemelhado ao crime de homicídio doloso, caracterizado pela intenção ou pela assunção do risco de tirar a vida de alguém, visto que ela era praticante de tiro esportivo.

Contudo, em 2022, a sentença do crime foi modificada para ato semelhante a homicídio culposo, em que não há intenção de causar a morte.

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