“Parte dos médicos é cúmplice do genocídio fascista”, diz Pedro Cardoso

Atualizado em 13 de maio de 2021 às 15:56

Publicado originalmente no Instagram do autor

POR PEDRO CARDOSO, ator ex-Globo

Um crime pode ser cometido por uma sequencia de ações que, cada uma delas isolada, não sejam em si mesmas criminosas. Embalar uma arma, fixa-la apontada, amarrar uma corda ao gatilho, deixar a ponta da corta nas mãos de um alucinado q ñ sabe que faz, se executadas por pessoas diferentes, nenhuma delas é um crime ela mesma; mas o resultado de sua ação conjunta será um assassinato.

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Quando isolam a indicação de remédio de efeito ñ comprovado das demais ações do desgoverno qto a pandemia, ela parece inofensiva e, até, louvável. Mas qdo compreendida sua função no conjunto de ações de que faz parte, evidencia-se o crime de genocídio. Antes de haver vacina, o único modo de frear a pandemia era fechar tudo; o q implicaria em depressão do modelo consumismo capitalista.

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O surgimento de um remédio, de um kit, q prometesse – ainda q talvez – previnir contra a doença foi invenção para justificar manter tudo aberto. A conta do capitalismo consumidor é deixar morrer qtos forem preciso até haver a tal imaginada imunidade coletiva. Mas como ninguém quer morrer, era preciso haver um remédio q remediasse o medo. Médicos, e seu conselho federal, podem dizer q receitar para o que a bula ñ indica é legal.

Talvez até seja; mas em sua ação conjunta com o não fechamento de tudo, o incentivo a aglomerações e a nenhuma ênfase ao uso de máscaras, a indicação revela-se parte de um ato criminoso.

O q se passou foi muito além de medicar quem outra esperança já ñ tinha. O ato foi afirmar q tal fármaco preveniria o contágio ou garantiria um adoecer sem gravidade. Essa é a mentira q foi contada sob o disfarce do direito de médicos receitarem para além das bulas.

O crime está no conjunto de ações talvez nem criminosas se sozinhas. Parte dos médicos é cúmplice do genocídio fascista.