O Estadão revelou, na semana passada, que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, está deixando um grupo de religiosos ligados ele controlarem o ministério. Formou-se um gabinete paralelo composto por pastores que não têm vínculo nenhum com administração pública nem com o setor de ensino. Este trabalho nas sombras tem beneficiado principalmente os partidos mais ligados ao presidente, o PL, o PP e o Republicanos.
Eles têm participado de reuniões fechadas para discutir as prioridades da pasta e até o uso da verba destinada à educação no Brasil para os municípios. Vários prefeitos estão sendo beneficiados, como é o caso da prefeita de Bom Lugar (MA), Marlene Miranda.
Além do PL, sigla que abriga o chefe do Executivo, prefeitos do Progressistas, e do Republicanos têm preferência para conseguir a ajuda dos pastores. Essas legendas integram o núcleo duro do Centrão. O bloco de partidos é justamente o que comanda o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
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Só em dezembro do ano passado, após reuniões com a presença dos pastores, o Ministério da Educação firmou compromisso com nove prefeituras. No total, foram R$ 105 milhões de repasses. Eles acompanham o ministro em viagens pelo país, além de levarem prefeitos a Brasília para encontros no MEC.
Em um dos eventos, o pastor Gilmar dos Santos expôs claramente as intenções do gabinete paralelo. “Nós solicitamos esta reunião com o ministro para trazer ao conhecimento dele vários prefeitos que trabalham também com a igreja”, disse.
Os pastores atuam como lobistas, viajando em voos da FAB e abrindo as portas do gabinete de Ribeiro para prefeitos e empresários. Quem lidera o grupo são os pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade.
Gilmar e Arilton estiveram em pelo menos 22 agendas oficiais no MEC nos últimos 15 meses. 19 delas contaram com a presença do ministro. Na agenda oficial de Ribeiro, as reuniões são descritas como de “alinhamento político”.
O pastor Gilmar afirmou, em maio passado, que era o responsável por garantir verbas para prefeituras. A declaração ocorreu em uma viagem de Milton ao município de Centro Novo do Maranhão (MA).
“Estamos fazendo um governo itinerante, principalmente através da Secretaria de Educação, levando aos municípios os recursos, o que o MEC tem, para os municípios”, disse ele.
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