Aliado de Milton Ribeiro, ministro interino do MEC também se reuniu com pastores

Atualizado em 30 de março de 2022 às 9:57
Milton Ribeiro e Victor Godoy Veiga
Milton Ribeiro e Victor Godoy Veiga.
Foto: Reprodução

O ministro interino da Educação, Victor Godoy Veiga, é cotado para assumir a pasta definitivamente, após a demissão do pastor Milton Ribeiro. Homem de confiança do agora ex-ministro, Veiga também está envolvido com pastores e já se reuniu com eles em eventos no MEC.

Em 13 de janeiro de 2021, quando era secretário-executivo do ministério, ele participou de um encontro em que Ribeiro recebeu prefeitos e os pastores. A agenda foi classificada como “alinhamento político”. Em fevereiro do mesmo ano, Godoy Veiga sentou-se ao lado do então ministro e do presidente Jair Bolsonaro (PL) em reunião com os religiosos e 23 prefeitos.

No dia 15 de abril do ano passado, mais uma aparição. O interino sentou-se numa mesa ao lado de Gilmar Santos e Arilton Moura, principais pastores envolvidos no esquema. Eles participaram de outro evento com prefeitos e os líderes, em que há relatos de negociação de liberações de verbas.

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Envolvido com pastores, Victor Godoy Veiga pode assumir MEC definitivamente

Victor Godoy Veiga com Bolsonaro, Milton Ribeiro e pastores
Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e, à direita, o ministro interino da Educação, Victor Godoy Veiga

De acordo com servidores do MEC e parlamentares envolvidos com a pasta, Godoy Veiga deve ser mantido como titular da pasta. Funcionários temem que mais uma troca de comando possa intensificar uma paralisia na pasta.

Bolsonaro estaria disposto a mantê-lo no cargo, segundo relatos, para avaliar a reação de sua base de apoio. O presidente vai anunciar mudanças ministeriais na quinta-feira (31), e a decisão sobre o MEC também pode sair neste dia.

Cada vez mais entranhado no governo, o Centrão cobiça o cargo, mas lideranças desse bloco avaliam já estarem atendidos com o comando do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). O órgão, ligado ao MEC, gerencia as verbas federais de transferências para municípios, sobre as quais os pastores atuavam.

 

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