Patrões de Moro são fortemente ligados ao aparelho de repressão dos EUA. Por Felipe Quintas

Atualizado em 30 de novembro de 2020 às 20:46
O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, durante coletiva de imprensa anunciando a sua saída do Ministério Evaristo Sa/AFP

Publicado originalmente no Facebook do autor:

Por Felipe Quintas

A Alvarez & Marsal, empresa estadunidense que contratou Sergio Moro como diretor e faz a “recuperação” da Odebrecht – a raposa “recuperando” o galinheiro -, está massivamente presente no Brasil para dar suporte à privatização das empresas públicas brasileiras.

Não surpreendentemente, a empresa, segundo ela própria, é fortemente ligada ao aparelho de defesa e repressão dos EUA, pois, entre seus ex-funcionários, constam Steve Spiegelhalter (ex-promotor do Departamento de Justiça dos EUA), Bill Waldie (agente especial aposentado do FBI) e Robert DeCicco (ex-funcionário civil da Agência de Segurança Nacional), entre outros.

Moro é mais um funcionário do “deep state” estadunidense a ocupar um cargo na empresa. Neoliberalismo é colonialismo e ocupação externa, simples assim.

Lembro muito bem que, desde o início da Lava-Jato, várias pessoas diziam para mim que eu exagerava em dizer que a Lava-Jato era uma forma de invasão e colonialismo praticada pelos EUA e apoiada e desejada pelas oligarquias entreguistas daqui mesmo, que eu estava seguindo teorias da conspiração etc.

Pois bem. O tempo mostrou que não era teoria da conspiração, era prática da conspiração.

Infelizmente, o estrago já foi feito, a pilhagem já foi realizada, agora são a continuação e os desdobramentos.

O Brasil amarga profundamente esse estrago, por exemplo, na forma da maior taxa de desemprego da história e de 40% de informalidade entre a população economicamente ativa.

Esse estrago só aumentará nos próximos anos.

A Lava-Jato, continuando o trabalho de desmonte feito nos anos 1990, foi o nosso Great Reset.