
Paulo Guedes não está muito satisfeito com o valor definido para o novo Bolsa Família. O ministro da Economia trabalhou para que o pagamento mensal para cada beneficiário ficasse em R$ 300. Só que foi voto vencido e Bolsonaro optou por escutar aliados do centrão, que buscam colocá-lo de volta ao jogo das eleições 2022.
O chefe da pasta Econômica queria que o Auxílio Brasil pagasse R$ 250 aos beneficiários. Porém, os líderes do centrão acharam muito pouco e exigiram que fosse R$ 350. Depois de muita discussão, ficou definido que não passaria de R$ 300.
Só que a inflação disparou, assim como os valores dos combustíveis e gás de cozinha. E o centrão mudou de ideia. Passou a exigir que o pagamento fosse de R$ 400. Guedes não aceitou e deixou claro para Bolsonaro que isso iria estourar o teto. Num primeiro momento, o presidente concordou com seu ministro. Mas um episódio mudou tudo: o offshore.
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Paulo Guedes perdeu moral com Bolsonaro
Bolsonaro já estava incomodado com a condução econômica da equipe de Guedes. Porém, acreditava que conseguiria reverter a situação com as pautas “de costumes”. Mas a realidade foi dura e “povo com fome não discute kit gay”, como falou um deputado ao chefe do executivo.
E a bomba do offshore colocou Bolsonaro em um beco sem saída. Ele manteve Guedes no governo, mas agora tem escutado menos o ministro. Nos últimos dias, o chefe econômico tem sido visto triste, se sentido isolado e com poucos aliados. Mas já avisou que não quer pedir demissão.