PF abre inquérito contra Bolsonaro para investigar associação da vacina à Aids

A delegada Lorena Lima Nascimento não só informou sobre a instauração oficial da investigação junto à PF

Atualizado em 3 de março de 2022 às 11:36
Jair Bolsonaro
Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá, AFP

A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abriu inquérito para investigar as declarações falsas do presidente Jair Bolsonaro sobre relação entre a vacina contra a Covid-19 e a infecção pelo vírus da Aids. A peça de desinformação foi espalhada pelo presidente no dia 21 de outubro em uma live.

Isso ocorreu um dia depois do indiciamento do chefe do Executivo na CPI da Covid por 11 crimes ligados à sua conduta frente à pandemia. O ofício foi endereçado ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou a abertura da apuração.

Nesse documento, a delegada Lorena Lima Nascimento, da Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores, não só informou sobre a instauração oficial da investigação junto à PF, mas também solicitou o compartilhamento de uma apuração feita pela Procuradoria-Geral da República sobre o caso. O documento, do dia 25 de fevereiro, chegou à corte máxima nesta quarta (2).

LEIA MAIS:

1; Advogado de Lula quer saber quem na PF e no MP grampeou seu escritório
2; PF faz operação para investigar compra milionária de respiradores no governo Doria
3; Saiba quem da PF ordenou publicação de nota que chama Moro de mentiroso

O que pensa a PGR sobre o inquérito de Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República defende o arquivamento de tal apuração. Em dezembro, Alexandre de Moraes proferiu duas decisões sobre o caso, a primeira determinando a abertura da investigação sobre as falas do presidente. Depois, determinou o trancamento de uma notícia de fato (apuração preliminar) que tramitava na PGR sobre o caso, para a regularização do procedimento, com o devido ‘controle judicial’ pela corte.

Segundo o ministro, é ‘indispensável’ que toda e qualquer medida relacionada às investigações sejam devidamente formalizadas nos autos que tramitam no STF.

Em ambos os despachos, o ministro indicou que havia justa causa para abertura da investigação, por considerar que “há dúvidas de que as condutas do presidente da República, no sentido de propagação de notícias fraudulentas acerca da vacinação contra o Covid-19 utilizam-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais, revelando-se imprescindível a adoção de medidas que elucidem os fatos investigados”.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link