PF investiga envolvimento de Braga Netto em corrupção durante a intervenção no RJ

Atualizado em 12 de setembro de 2023 às 19:01
O presidente Jair Bolsonaro e o general Braga Netto
Foto: Borges/NurPhoto/Getty Images

A Polícia Federal solicitou a quebra do sigilo telemático do general Walter Braga Netto (PL), ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), para examinar mensagens e determinar seu envolvimento ou não em um possível esquema de corrupção no gabinete de intervenção federal no Rio de Janeiro em 2018, quando atuou como interventor e chefe do gabinete. Com informações de Juliana dal Piva, do UOL.

Nesta terça-feira, a PF deflagrou a operação Perfídia, que investiga suspeitas de irregularidades na aquisição de equipamentos durante a intervenção federal no Rio de Janeiro em 2018.

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em quatro estados, com a maioria deles sendo direcionada a ex-assessores de Braga Netto.

Embora algumas conversas entre ex-assessores de Braga Netto sugiram seu envolvimento no esquema, a conclusão da investigação depende da análise dos dados obtidos com a quebra de sigilo.

General Braga Netto, Interventor Federal  da segurança do RJ em 2018 (Foto: Reprodução/ GloboNews)

É importante ressaltar que o general não é alvo da operação, mas está sob investigação. Em nota, ele negou qualquer irregularidade e afirmou que os procedimentos seguiram a legislação.

Braga Netto também informou que a compra dos coletes balísticos foi suspensa devido a irregularidades encontradas nos documentos fornecidos pela empresa contratada.

Além das acusações de corrupção ativa e passiva, a operação investiga se servidores públicos federais cometeram crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação e organização criminosa durante a compra de 9.360 coletes balísticos durante o período da intervenção.

Essas aquisições foram feitas em colaboração com a empresa americana CTU Security LLC pelo gabinete de intervenção federal.

O sobrepreço total da compra dos coletes foi de R$ 4.640.159,40, de acordo com o Tribunal de Contas da União, e o valor pago à empresa após dispensa de licitação foi de R$ 40.169.320,80 (US$ 9.451.605,60), reembolsado à União após a suspensão do contrato em setembro do mesmo ano.

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