Após fracassos, PF e MP escondem nome da Lava Jato em operações

Atualizado em 1 de novembro de 2021 às 6:38
PF omite nome da Lava Jato de operação
Sede da PF em Curitiba. Foto: Divulgação

Após uma série de derrotas e desgastes, a Lava Jato tem ocultado seu nome de operações. Pela primeira vez em mais de sete anos, autoridades do Paraná deflagraram busca e apreensão e não a chamaram de “fase” ou de “Lava Jato”. Os documentos mencionam que a operação Laissez Faire é a “OP.LJ.82”, em referência à força-tarefa e à fase. Documentos do Ministério Público Federal também apontam que quem trabalha no caso é o “grupo de trabalho Lava Jato”.

“A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21/10), a Operação Laissez Faire, Laissez Passer. Cerca de 10 policiais federais cumprem em Niterói/RJ dois mandados de busca e apreensão expedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba/PR no bojo do complexo de investigações que apuram crimes contra a Petrobras”, diz nota divulgada pela PF.

De março de 2014, foram deflagradas 81 fases da Lava Jato. Em 2021 foram apenas 3: em janeiro, fevereiro e junho.

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Procuradoria diz que omitiu Lava Jato por novos critérios de nomenclatura

A Procuradoria no Paraná atribui à nova nomenclatura uma mudança de critérios. Agora, alegam, ela se dá com o núcleo alvo da operação. “O nome Operação Lava Jato continua a ser colocado quando a investigação é desdobramento do caso originário. Nas operações mais recentes, tem se evitado usar o antigo nome tendo em vista que o caso agora está sendo trabalhado por cinco ofícios [o equivalente a vara], sendo um deles o do procurador natural no Paraná”.

No passado, ao contrário do que diz a procuradoria, o nome da força-tarefa era utilizado em operações em outras jurisdições. Um exemplo são operações por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) com provas obtidas em Curitiba.

 

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