Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, declarou que as operações na Ucrânia estão indo exatamente de acordo com o planejado. Ele também disse que não está nos planos tomar o governo da Ucrânia e que preferiria que os objetivos fossem atingidos através da diplomacia.
A porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Maria Zakharova, também afirmou, nesta quarta (09), que a Rússia vê “progressos” nas negociações com a Ucrânia. “Houve alguns progressos nas negociações destinadas a pôr fim, o quanto antes, ao banho de sangue sem sentido e à resistência das Forças Armadas ucranianas”, disse ela.
Indo para o décimo quarto dia de investidas contra a Ucrânia, a Rússia não reconhece as ofensivas ao território ucraniano como uma invasão. Putin chama a agressão de “operação militar especial”, que tem como objetivo desmilitarizar a Ucrânia.
“A operação militar especial está procedendo estritamente de acordo com o cronograma, de acordo com os planos. Todas as missões planejadas estão sendo realizadas com sucesso”, disse Putin em uma reunião do Conselho de Segurança russo.
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Rússia minimiza a situação
Nas últimas semanas, Vladimir Putin vem enfatizando que a ofensiva militar do país na Ucrânia está prosseguindo com sucesso. Ele também destaca o heroísmo dos soldados russos e denuncia o uso de estrangeiros como reféns por combatentes ucranianos.
Segundo Putin, os militares russos “montaram corredores em todas as áreas de combate sem exceção, para que civis e estrangeiros tenham a possibilidade de ir para um lugar seguro”. O presidente russo ainda prometeu diversas compensações às famílias dos soldados mortos e feridos.
Na chamada “operação militar especial” pelos governantes russos, a Rússia reconheceu até agora cerca de 500 baixas militares na campanha ucraniana, enquanto Kiev calcula o número de soldados russos mortos em cerca de 9 mil.