Se vocês acompanharam o noticiário, viram que meus advogados entraram com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF).
A ideia é que a deputada Carla Zambelli, que me ameaçou com uma arma de fogo em uma rua no bairro dos Jardins, em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições, seja processada.
Era o necessário.
Esperamos mais de cinquenta dias do ocorrido para colhermos depoimentos, provas e entendermos todos os motivos que poderiam levar à queixa para me resguardar. E agradeço muito a eles por isso. A rede de apoio criada ao meu redor me impediu de tomar muitas decisões das quais eu poderia me arrepender.
Desde então, a minha vida tem sido bem mais difícil que antes, inclusive no âmbito pessoal. E tudo isso também me motivou a entrar pelo crime de constrangimento e também o de racismo.
Eu venho sofrendo um processo bem traumático para o qual eu não estava preparado.
Arrancar dinheiro dela não é minha missão. Afinal, como eu falei em entrevista aqui ao DCM, não saí de casa naquele dia para encontrá-la.
Eu saí para jogar bola de manhã e ir a um chá de bebê de um amigo meu. Depois daquilo, toda a minha vida deu um giro de 180 graus. E, decididamente, não de uma forma boa.
Vou aguardar com serenidade todo o processo jurídico. Quero justiça? Claro. Mas o que eu quero principalmente é poder voltar a viver com uma cabeça tranquila.
Coisa que eu não tive desde aquele sábado.
Veja a entrevista de Luan Araújo ao DCM: