Prefeito bolsonarista que defendeu separar Nordeste do Brasil tem mais de R$ 480 milhões em contratos com governo

Atualizado em 11 de novembro de 2022 às 10:26
Bolsonaro e o prefeito de Betim (MG) Vittorio Medioli – Foto: Reprodução

A empresa de Vittorio Medioli, prefeito de Betim (MG) e aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) que defendeu a separação do Nordeste do Brasil após a derrota do ex-capitão nas eleições, já assinou contratos com o atual governo que somam mais de R$ 480 milhões.

O simpatizante do chefe do Executivo é sócio da concessionária Deva Veículos, que desde o início da gestão Bolsonaro em 2019 já recebeu pagamentos de R$ 230 milhões referentes aos contratos com a administração federal, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.

Para repasse à Deva, como parte do valor já reservado no Orçamento da União, R$ 123 milhões, tem como origem as chamadas emendas do relator. O presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (PP-AL) é o parlamentar que mais direcionou emendas a contratos com a empresa, uma vez que renderam empenhos de R$ 7,9 milhões à Deva.

Só em 2021, a empresa do apoiador do ex-capitão ganhou licitações para fechar contratos com a estatal que somam R$ 354 milhões. Em 2020, os valores com a Codevasf chegaram a R$ 98 milhões, e em 2019, cerca de R$ 15 milhões.

As concorrências públicas ganhas pela Deva ocorreram por meio de uma forma simplificada de licitação que é realizada de maneira online, chamada pregão eletrônico. Além disso, ainda na gestão Bolsonaro, a empresa soma empenhos de R$ 330 milhões. Depois das emendas de relator, a principal origem dessa verba são as indicações feitas pela bancada do Tocantins (R$ 65 milhões em emendas), seguida pela de Alagoas (R$ 42 milhões).

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