Em referência ao caso envolvendo o deputado estadual, Arthur do Val, o Mamãe Falei, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado Carlão Pignatari (PSDB), abriu a sessão desta segunda-feira (7) com um discurso de repúdio a comportamentos sexistas, machistas ou qualquer outro tipo de preconceito ou incitação ao ódio.
Em sua fala, Pignatari garantiu que o caso será analisado de forma independente e imparcial pelo Conselho de Ética. Ele também reforçou que “palavras, posições e decisões pessoais de um parlamentar não representam, de forma alguma, a Assembleia Legislativa de São Paulo, tampouco o conjunto de deputados e deputadas que a formam”.
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“Fala de Arthur do Val foi execrável”, diz Carlos Giannazi
Outros deputados também usaram a tribuna para fazer severas críticas a Arthur do Val. Para o deputado estadual, Carlos Giannazi, do PSOL, a fala de Arthur do Val foi execrável. “Além de machista e misógina, ela agride a dignidade humana não apenas das ucranianas, mas de todas as mulheres do planeta terra”.
“Uma pessoa que diz aquelas coisas no meio de uma guerra (…) é um sociopata, talvez um psicopata, no mínimo, que não merece ter uma cadeira aqui na Assembleia Legislativa”, disse o deputado.
Ele destacou ainda que o parlamento paulista está sendo lembrado negativamente em todo o mundo, o que justifica a imediata cassação do mandato do deputado paulista
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“Quero abrir esta sessão afirmando que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo repudia comportamentos sexistas, machistas ou qualquer tipo de preconceito ou incitação ao ódio.
Sob minha presidência, nenhum caso ficará sem resposta. Nada será varrido para debaixo do tapete. É esse o meu compromisso.
A todas as mulheres, quero colocar esta casa ao lado de vocês na luta por mais direitos, igualdade e respeito, reafirmando a defesa e proteção de todas.
Com coragem, o Conselho de Ética nesta gestão tem sido acionado para cumprir o seu dever e analisado, de forma independente e imparcial, denúncias graves. O plenário tem tratado todos os casos com a seriedade que requer, aplicando punições nunca antes vistas neste parlamento.
É intolerável, principalmente nos tempos atuais, que pessoas tenham comportamentos repugnantes, principalmente na função pública. As palavras, posições e decisões pessoais de um parlamentar não representam, de forma alguma, a Assembleia Legislativa de São Paulo, tampouco o conjunto de deputados e deputadas que a formam.
Não é a primeira vez que esta casa vai analisar a falta de decoro, seja por comportamento sexista, por preconceito ou incitação ao ódio, mas, sinceramente, espero e trabalharei para que seja a última.
A todos os deputados e deputadas, um sério alerta: devemos ser exemplo para a população e nos portarmos como espelho de uma sociedade mais justa e igual para todos e todas.”
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