Procurador detona pedido de suspeição em caso contra Moro: “Esdrúxulo”

Atualizado em 21 de fevereiro de 2022 às 23:18
Procurador detona pedido de suspeição em caso contra Moro. Foto do procurador Julio Oliveira com terno preto, gravata vermelha, barba e cabelos grisalhos.
Procurador e subprocurador disputam quem assume investigação contra Moro. Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado

O procurador Júlio Marcelo de Oliveira protocolou sua defesa no caso em que o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, representando do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pede que ele seja declarado suspeito para atuar na investigação sobre o trabalho de Moro na consultoria Alvarez & Marsal.

Como argumento, Furtado alegou que Oliveira é amigo do ex-juiz, o que ele nega. O procurado diz no documento que as alegações de Furtado são “genéricas e desfundamentadas”. “Não foi sequer informado em qual das hipóteses legais de suspeição este procurador estaria enquadrado, a revelar a inépcia da arguição”, disse no documento.

O procurador pediu ao TCU que a arguição de suspeição não fosse admitida. “Seja por intempestividade, preclusão ou ilegitimidade, a esdrúxula arguição de suspeição não pode ser admitida”, declarou.

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No pedido de suspeição, Furtado alegou acreditar que existia um “possível conflito de atuação do sr Júlio Marcelo nos autos em epígrafe, visto ele ser amigo do responsável em análise, ex-juiz Sergio Moro. A relação amigável e de admiração entre Júlio Marcelo e Sergio Moro é de conhecimento público”, escreveu Furtado ao ministro Bruno Dantas.

Os dois integrantes do MP de Contas disputam entre si a investigação sobre a atuação do ex-ministro na Alvarez & Marsal O processo começou a partir de um pedido de Furtado, mas Oliveira alega que ele é o procurador natural do caso.

O TCU investiga se o ex-juiz cometeu irregularidades no período de um ano em que trabalhou na consultoria, entre 2020 e 2021.

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