
O procurador Júlio Marcelo de Oliveira protocolou sua defesa no caso em que o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, representando do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pede que ele seja declarado suspeito para atuar na investigação sobre o trabalho de Moro na consultoria Alvarez & Marsal.
Como argumento, Furtado alegou que Oliveira é amigo do ex-juiz, o que ele nega. O procurado diz no documento que as alegações de Furtado são “genéricas e desfundamentadas”. “Não foi sequer informado em qual das hipóteses legais de suspeição este procurador estaria enquadrado, a revelar a inépcia da arguição”, disse no documento.
O procurador pediu ao TCU que a arguição de suspeição não fosse admitida. “Seja por intempestividade, preclusão ou ilegitimidade, a esdrúxula arguição de suspeição não pode ser admitida”, declarou.
Leia mais:
1 – Moro copia Bolsonaro em opinião sobre taxação de grandes fortunas
2 – Moro diz que “Sol do Nordeste” deixa o clima árido
3 – Atuação de Moro ou inocência de Lula? Pesquisa indica como o antipetismo perdeu força
Acusação contra procurador se baseia em suposta “relação íntima” com Moro
No pedido de suspeição, Furtado alegou acreditar que existia um “possível conflito de atuação do sr Júlio Marcelo nos autos em epígrafe, visto ele ser amigo do responsável em análise, ex-juiz Sergio Moro. A relação amigável e de admiração entre Júlio Marcelo e Sergio Moro é de conhecimento público”, escreveu Furtado ao ministro Bruno Dantas.
Os dois integrantes do MP de Contas disputam entre si a investigação sobre a atuação do ex-ministro na Alvarez & Marsal O processo começou a partir de um pedido de Furtado, mas Oliveira alega que ele é o procurador natural do caso.
O TCU investiga se o ex-juiz cometeu irregularidades no período de um ano em que trabalhou na consultoria, entre 2020 e 2021.