O promotor de Justiça paraguaio Marcelo Pecci, de 45 anos, responsável por investigações envolvendo o crime organizado, incluindo o PCC foi assassinato nesta terça-feira (10) em uma praia de Cartagena, na Colômbia.
Ele foi morto a tiros na Ilha de Baru, um dos principais pontos turísticos da cidade portuária de Cartagena. Segundo a Polícia local, dois assassinos chegaram em um jet ski e, da água, atiraram contra o promotor, fugindo em seguida.
Pecci havia se casado com com a jornalista Claudia Aguilera no dia 30 de abril e estava em lua de mel. Horas antes do assassinato, ela havia anunciado em uma rede social que estava grávida. Claudia não se feriu.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, lamentou a morte do promotor. “O covarde assassinato do promotor Marcelo Pecci na Colômbia deixa toda a nação paraguaia de luto. Condenamos, da maneira mais enérgica, esse trágico incidente e redobramos nosso compromisso de lutar contra o crime organizado”, disse.
Pecci coordenava no Ministério Público do Paraguai as investigações contra o crime organizado, inclusive nas regiões de fronteira com o Brasil.
Ele acompanhava o caso que envolvia o assassinato do jornalista brasileiro Léo Veras, morto com 12 tiros em fevereiro de 2020, em Pedro Juan Caballero. Veras era proprietário de um site de notícias no Mato Grosso do Sul e produzia reportagens em português e espanhol sobre o tráfico de drogas na região de fronteira.
O promotor chegou a dizer que o crime poderia ter sido encomendado por uma facção criminosa que domina o tráfico de drogas na região de fronteira com o Mato Grosso do Sul, no caso o PCC.
Pecci também participou das apurações da prisão de Ronaldinho Gaúcho no Paraguai em março de 2020. O jogador brasileiro foi acusado de entrar no Paraguai com documento falso, junto com o irmão Roberto de Assis.