Provas descobertas pela PF acabam com estratégia de Bolsonaro e seus aliados; entenda

Atualizado em 9 de fevereiro de 2024 às 15:54
O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Foto: Alan Santos/PR

As recentes descobertas de investigadores da Polícia Federal e as operações desta quinta (8) acabaram com a estratégia de aliados de Jair Bolsonaro, que tentavam afastar o ex-presidente das tratativas golpistas. Provas coletadas por policiais federais mostram que ele participou ativamente do movimento.

O tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, chegou a dizer que “um monte de maluco” pedia golpe, mas o ex-presidente escutava o que tinham a dizer e “mandava tirar dali”. O vídeo da reunião de julho de 2022 acaba com essa versão, no entanto.

No encontro com ministros e assessores, o então presidente conduziu o movimento golpistas, pediu uma ruptura institucional antes das eleições de 2022 e chegou a ameaçar “entrar em campo usando o seu Exército”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante reunião golpista em julho de 2022. Foto: Reprodução

Segundo o Blog da Andréia Sadi no g1, agentes da PF apontam que Bolsonaro não poderá mais terceirizar a responsabilidade para um de seus subordinados, já que foi encontrado na cena do crime. Nos bastidores, seus aliados estão em um clima de derrota.

A corporação vai avançar contra Cid nas investigações sobre o caso. Agentes querem questioná-lo sobre o vídeo, já que não havia detalhado o teor do encontro em depoimentos e em sua delação premiada. O objetivo da PF é fechar o caso até junho deste ano.

Investigadores também querem saber se a reunião foi gravada com anuência do então presidente ou se foi um ato isolado de Cid. Caso descubra que o ex-ajudante de ordens mentiu ou omitiu fatos criminosos, ele pode perder os benefícios de sua delação premiada.

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