VÍDEO – A íntegra da reunião golpista comandada por Bolsonaro

Atualizado em 9 de fevereiro de 2024 às 13:35
O ex-presidente Jair Bolsonaro durante reunião golpista de julho de 2022. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da reunião golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro, assessores e ministros realizada em 5 de julho de 2022. O registro foi apreendido em um computador do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então mandatário.

O encontro foi usado pelo então presidente para criar narrativas e orientar fake news contra o sistema eleitoral. Na ocasião, ele sugeriu fraude nas urnas e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ameaçou dar golpe de Estado e admitiu que previa uma derrota para Lula na disputa.

O vídeo embasou a decisão do magistrado que autorizou a operação contra o ex-presidente e seus aliados nesta quinta (8). Segundo Moraes, a reunião “nitidamente revela o arranjo de dinâmica golpista no âmbito da alta cúpula do governo, manifestando-se todos os investigados que dela tomaram parte”.

Com diversos ataques de fúria e palavrões durante mais de uma hora, o então presidente ameaça “entrar em campo usando o seu Exército e seus 23 ministros”; ataca ministros da Corte, dizendo que eles estariam recebendo “milhões de dólares” para fraudar as eleições e garantir a vitória de Lula; e até oferece um inquérito sigiloso da PF sobre as urnas eletrônicas aos ministros.

Veja a reunião na íntegra:

O ex-presidente defendeu dar um golpe de Estado antes das eleições porque ministros do Supremo estariam “preparando tudo para o Lula ganhar no primeiro turno, na fraude”. Ele ainda alegou que a vitória do petista geraria “caos no Brasil” e transformaria o país em “uma grande guerrilha”.

Além de Bolsonaro, participaram da reunião com teor golpista os ministros Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Defesa), Mário Fernandes (Secretaria-Geral) e Walter Braga Netto (ex-Casa Civil).

Todos eles foram alvos de operações da PF, que cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão. Também foram impostas medidas cautelares, como a proibição de contato entre os investigados e a retenção de seus passaportes.

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