PSB quer que PT abra mão da candidatura Haddad em SP e cria impasse

Atualizado em 21 de dezembro de 2021 às 6:34
França Haddad
Haddad e França

Depois da reunião na manhã de ontem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o PT não atendeu a nenhuma das demandas encaminhadas pelo partido para consolidação de aliança entre as duas siglas em 2022. A informação é de  Andrea Jubé e João Valadares no jornal Valor Econômico.

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PSB quer Haddad fora

“O PT precisa escolher qual conquista eles querem alcançar nas eleições do ano que vem: se é a Presidência da República, ou se querem disputar os Estados”, criticou Siqueira. “Relação de mão única não é uma boa solução”.

Existiu a expectativa de que o encontro pudesse levar a um avanço em relação ao arranjo eleitoral envolvendo o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Márcio França (PSB).

Ambos pretendem concorrer em 2022 ao governo de São Paulo.

O ex-prefeito e ex-ministro esteve com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Os dois participaram da reunião com o PSB.

Para que a composição da chapa com Alckmin na vice de Lula se consolide, o PSB quer em contrapartida que o PT abra mão da candidatura de Haddad para apoiar Márcio França na disputa eleitoral.

Nesta configuração, o petista se candidataria ao Senado. Eles também almejam apoio petista em Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Acre.

Lula já deu sinais de que o PT vai manter a pré-candidatura de Haddad.

Outros caminhos também estão sendo traçados.

No domingo, durante jantar em São Paulo, que contou com a presença de Alckmin, o petista teria dito, segundo um dos presentes, que quer o ex-tucano como vice-presidente em sua chapa, mas preferencialmente pelo PSD.

Partido sustenta a pré-candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e havia convidado o ex-governador para tentar disputar o governo paulista pela legenda. Ao articular a filiação de Alckmin no PSD, o ex-presidente planeja negociar em posição de força para convencer o PSB a abrir mão da candidatura de Márcio França, diz o jornal.

França foi vice-governador de Alckmin, assumiu o governo por 10 meses e, como mandatário número 1 do Estado, disputou com João Doria e perdeu o 2o turno em 2018.

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