Queiroga e Damares fazem proselitismo antivacina com família de criança em SP

Atualizado em 20 de janeiro de 2022 às 23:14
Damares e Queiroga sentados e em coletiva de imprensa
Damares e Queiroga foram para o interior de SP

Nesta quinta (20), Marcelo Queiroga e Damares Alves visitaram a família da criança que teve uma parada cardíaca no mesmo dia em que se vacinou. A investigação feita pelo governo de São Paulo descartou qualquer relação do caso com o imunizante. Porém, os bolsonaristas resolveram explorar a situação para reafirmar teses negacionistas.

A criança mora em Lençóis Paulista, mas foi internada no Hospital Unimed de Botucatu. Os ministros foram para a cidade no fim da tarde de hoje. Eles conversaram com os familiares e com os médicos da unidade hospitalar.

Segundo a investigação feita pelo governo paulista, o evento adverso não tem qualquer relação com a vacina. “A análise realizada por mais de 10 especialistas apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico”, explicou comunicado.

Os especialistas analisaram os exames e dados do prontuário da paciente. Eles identificaram que a menina tem a síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW). É uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia. E isso pode causar até mesmo a morte súbita.


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O caso da menina visitada por Queiroga e Damares

A garota precisou ser levada para o hospital na quarta (19), doze horas depois de ser vacinada contra a Covid-19. O prefeito de Lençóis Paulista suspendeu a vacinação infantil para o caso ser investigado.

O episódio foi um prato cheio para que bolsonaristas usassem teses negacionistas contra o imunizante infantil. Porém, a investigação comprovou que o episódio não tem nada a ver com a vacinação.

“Os dados preliminares sugerem não haver uma relação causal com a vacinação. Estudos epidemiológicos de larga escala não indicam risco de arritmia associado à vacina”, informou o Ministério da Saúde.

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