Quem é Kleyton Manoel Dias, delegado suspeito de estuprar miss trans em Goiânia

Atualizado em 12 de janeiro de 2024 às 10:21
O delegado Kleyton Manoel e Jade Fernandes, ex-miss trans. Foto: reprodução

O delegado Kleyton Manoel Dias está sob suspeita de estuprar a modelo e ex-miss trans Jade Fernandes, de 23 anos, após ambos deixarem uma boate em Goiânia (GO).

Em resposta às acusações, o delegado repudia as alegações e se coloca à disposição das autoridades para a investigação do caso. Kleyton afirma que “irá provar sua inocência” e expressa estar “muito abalado com o ocorrido”.

Com uma década de atuação em diversas delegacias na capital de Goiás, Kleyton já esteve envolvido em casos de grande destaque, mas também enfrentou investigações, como a suspeita de extorsão de dinheiro de um hacker que chantageava o padre Robson de Oliveira.

Anteriormente responsável pelo 8º Distrito Policial, no Setor Pedro Ludovico, Kleyton foi afastado de suas funções devido às investigações sobre a suspeita de estupro. Atualmente, ele recebe um salário mensal superior a R$ 20 mil, segundo informações do G1.

Ao longo de sua carreira, o delegado trabalhou em diferentes delegacias, incluindo Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores, Apuração de Ato Infracional, e chefiou o Grupo Antissequestro na Delegacia Estadual de Investigações Criminais. Ele também atuou no 9º Distrito Policial, no Setor Universitário.

Delegado suspeito de estuprar ex-miss diz que provará inocência
O delegado Kleyton Manoel Dias. Foto: reprodução

Entre os casos investigados por Kleyton Manoel, destaca-se a chacina no Morro do Mendanha, onde quatro jovens, entre 15 e 19 anos, foram assassinadas, e a investigação sobre o desaparecimento de Marcelo Cabo, então técnico do Atlético-GO.

O delegado já foi alvo de investigações pela Corregedoria da Polícia Civil, suspeito de extorquir dinheiro de um hacker em 2017, envolvido no caso de chantagem ao padre Robson de Oliveira.

O hacker Welton Ferreira Nunes foi condenado por extorquir R$ 2 milhões do religioso para não divulgar informações sobre um suposto relacionamento amoroso dele. Em seu depoimento, Welton alegou inicialmente ter sido contratado para obter informações sobre o religioso, mas optou por extorquir a vítima por conta própria.

Embora tenha sido preso sob suspeita do crime, Welton afirma que somente após a prisão começou a produzir o material contra o padre. Ele também alega ter criado um e-mail com a chantagem na delegacia, com a permissão do delegado Kleyton Manoel.

“Eu fiquei uma semana lá na Deic [Delegacia Estadual de Investigações Criminais] criando isso aí (…). Fiquei uma semana dentro da sala do delegado fazendo isso aí”, disse Welton no depoimento.

Vale destacar que o caso atual envolvendo a suspeita de estupro por parte de Kleyton está em curso, e a Polícia Civil continuará a conduzir a investigação para esclarecer os fatos. Recentemente, uma análise pericial concluiu que Jade Fernandes foi vítima de violência sexual, sofrendo lesões profundas.

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