Quem é o acusado de injúria racial que foi confundido com Mauro Vieira

Atualizado em 10 de dezembro de 2023 às 13:31
Imagem da Polícia Civill de homem acusado de injúria racial contra camareira “confundido” com Mauro Vieira. Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou o verdadeiro responsável pela injúria racial dirigida a camareiras em um apart hotel no Leblon, zona sul da capital fluminense, ocorrida nesta sexta (8) por volta das 11h30.

Uma matéria divulgada pelo O Globo contou que a camareira do estabelecimento dizia que o homem era Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores. Ele, no entanto, sequer estava no hotel no momento das acusações.

Os investigadores confirmaram que o acusado é o empresário Marcos José Pieroni dos Santos, ao contrário do que estava erroneamente registrado no boletim de ocorrência como sendo o chanceler brasileiro.

As autoridades policiais estão diligenciando na capital fluminense para tentar efetuar a prisão do empresário em flagrante.

De acordo com os relatos das vítimas à polícia, o episódio teve início quando Marcos dos Santos solicitou que uma camareira do hotel abrisse o apartamento 801 com uma chave mestra. A funcionária, contudo, teria se recusado a cumprir o pedido. O empresário então fez a mesma solicitação a outra camareira que passava pelo corredor, e ela também se negou a abrir o apartamento.

Foi nesse momento que o empresário começou a proferir ofensas às funcionárias, utilizando termos como “macaca fedorenta” e “preta suja”, entre outros xingamentos.

Após o incidente, uma das camareiras relatou o ocorrido à síndica, que imediatamente acionou a polícia. No entanto, quando os policiais chegaram, o empresário já havia deixado o hotel.

Mauro Vieira concedeu entrevista negando estar no hotel. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A polícia conduziu as vítimas até a delegacia, onde uma das camareiras prestou depoimento. Durante o interrogatório, a funcionária se referia ao agressor como “Mauro”.

Segundo os investigadores, a confusão se originou porque, ao verificar quem seria o proprietário do apartamento 801, a síndica informou erroneamente que o chanceler Mauro Vieira seria o dono.

No entanto, a confusão só foi esclarecida quando os policiais analisaram as imagens das câmeras de segurança do apart hotel, confirmando que o agressor não era o ministro do governo Lula.

Mauro Vieira admite ser proprietário de um apartamento no apart hotel. Contudo, no momento do ocorrido, o chanceler estava concedendo uma entrevista a um veículo de imprensa argentino.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link