Rainha da Jordânia condena “silêncio” do Ocidente sobre apartheid contra palestinos

Atualizado em 27 de outubro de 2023 às 9:59
A rainha Rania da Jordânia. (Foto: John Lamparski/Getty Images)

A Rainha Rania da Jordânia expressou sua desaprovação pela resposta dos líderes ocidentais à situação humanitária na Faixa de Gaza em meio ao conflito entre Israel e o Hamas.

Durante entrevista à CNN, Rania destacou o que considerou um “duplo padrão flagrante” e acusou o Ocidente de aplicar critérios distintos ao tratar do conflito.

Ela ressaltou que é a primeira vez na história moderna que há tanta devastação e sofrimento humano sem um apelo claro por um cessar-fogo, o que considera um silêncio ensurdecedor, tornando o mundo ocidental, na visão dela, conivente com a situação.

“Esta é a primeira vez na história moderna que existe tanto sofrimento humano e o mundo nem sequer pede um cessar-fogo. O silêncio é ensurdecedor e para muitos na nossa região, torna o mundo Ocidental cúmplice”, disse.

Sobre a reação da Jordânia ao ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, a Rainha Rania afirmou que ficou chocada e que o seu país condena o assassinato de civis, em linha com a posição moral da Jordânia e do Islã. “É a posição moral da Jordânia e é a posição do Islã”, afirmou.

No entanto, ela destacou que qualquer país tem o direito de se defender, mas não através de crimes de guerra, não através de punição coletiva, criticando o bombardeio indiscriminado de Gaza.

A Rainha também destacou a insatisfação do mundo árabe com a cobertura da mídia global sobre o conflito e como ele é retratado como se tivesse começado somente em 7 de outubro:

“Esta é uma história de 75 anos, uma história de mortes esmagadoras e deslocamento para o povo palestino. É uma história de uma ocupação sob o regime do apartheid que ocupa terras, destrói casas, confisca terras, faz incursões militares e ataques noturnos”.

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