Renan Santos, cofundador do Movimento Brasil Livre (MBL), foi acusado por uma modelo por tentativa de estupro.
A reportagem do DCM teve acesso à cópia do boletim de ocorrência lavrado na 1ª Delegacia da Mulher, em São Paulo. O nome dela é preservado por questões legais.
Em junho deste ano, diz o documento, durante um passeio de carro, após um beijo, ele a teria atacado: tirou sua calça, puxou a calça e a calcinha, forçando a penetração que, segundo narrado no boletim de ocorrência, só não aconteceu integralmente pelo fato dela estar usando um absorvente íntimo.
De acordo com o relato da vítima, depois de sua recusa ele insistiu dizendo “Você vai querer sim”, além da acusação de ter apertado seu pescoço e desferir-lhe um tapa no rosto.
Ela afirma que também era torturada psicologicamente, com ameaças de “sumir e nunca mais voltar”, aproveitando sua vulnerabilidade, visto que passava por “tratamento psiquiátrico”.
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Renan Santos e o MBL
O MBL, criado inicialmente para ser um defensor das reformas neoliberais, mudou sua estratégia de atuação e tornou-se um grupo que defende pautas conservadoras no campo dos costumes.
Quando ainda pertencia ao grupo, o vereador Fernando Holiday defendeu publicamente que mulheres vítimas de estupro só tivessem o direito ao aborto mediante a apresentação do boletim de ocorrência.
Não houve ainda desdobramento judicial. Renan dos Santos responde por ações judiciais entre processos cíveis, trabalhistas e criminais, mas até então, nenhuma demanda envolvendo esse tipo de delito.
O DCM entrou em contato com o MBL e a assessoria respondeu que outro boletim de ocorrência foi lavrado sobre o tema. Nele, a modelo retirou a acusação.
“Conforme demonstrado no segundo Boletim de Ocorrência, não houve qualquer abuso ou crime de estupro na relação com Renan Santos. A própria desmentiu e disse que foi levada ao equivoco por um parente”, afirma a nota enviada ao DCM.