Sergey Lavrov, chanceler da Rússia, afirmou que a presença de armas nucleares dos EUA em solo europeu é “inaceitável” e que “chegou a hora de serem retiradas”.
Em discurso nesta terça (1) por vídeo conferência na ONU e em plena agressão russa contra a Ucrânia, relatado por Jamil Chade no UOL, o representante do Kremlin acusou os EUA de criar “insegurança” no mundo.
O discurso diante da Conferência de Desarmamento das Nações Unidas foi alvo de um boicote, com uma parcela importante dos governos na ONU se retirando da sala enquanto Lavrov tomava a palavra.
O chanceler não pode viajar até Genebra por conta do embargo imposto contra o diplomata e o fechamento do espaço aéreo. Mas, em um vídeo, ele insistiu sobre a necessidade de um acordo sobre a segurança regional com os americanos.
LEIA MAIS:
1 – Brasileiros que jogavam na Ucrânia chegam ao Brasil: “Tristeza”
2 – VÍDEO: Sede do governo de Kharkiv, na Ucrânia, explode após ser atingida por míssil
3 – Lenio Streck ironiza crítica de Bolsonaro a presidente da Ucrânia “Olha a ética”
Cobrança
Essa cobrança de Lavrov ocorre dias depois de o presidente Vladimir Putin alertar que estava colocando suas armas nucleares de prontidão, ainda que tenha insistido que se tratava de uma medida de defesa diante do que o Kremlin julgou ser provocações por parte da Otan. O gesto por parte de Moscou foi condenado pela comunidade internacional.
Para Lavrov, os americanos e seus aliados precisam encerrar o deslocamento de mísseis de médio e longo alcance na Europa.
O ministro russo ainda alertou que a Ucrânia estaria mantendo “tecnologia nuclear” que herdou dos anos da URSS e que esse “perigo” teria de ser tratado.
Kiev rejeita a acusação e insiste que abriu mão das armas nucleares que estavam no país quando o bloco soviético se desintegrou.
O que termina primeiro?
— DCM ONLINE (@DCM_online) February 28, 2022