Saiba como Mauro Cid embasou as investigações da PF contra Bolsonaro

Atualizado em 18 de fevereiro de 2024 às 10:22
Mauro Cid. – Reprodução

O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tornou-se peça-chave nas recentes investigações da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente.

Sua proximidade com o núcleo decisório do governo abriu novas linhas de investigação, incluindo uma que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Início das investigações contra Cid

Após deixar a Ajudância de Ordens da Presidência da República, Cid foi alvo de investigações, incluindo um suposto esquema de caixa 2 no Planalto. Mais tarde, ele foi preso na operação Venire, que investigava fraude em cartões de vacinação. Após fechar um acordo de delação premiada, foi solto com medidas restritivas.

Trabalho ao lado de Bolsonaro

Como ajudante de ordens, Cid tinha uma relação próxima com Bolsonaro, cuidando de diversas responsabilidades pessoais do então presidente, incluindo sua conta bancária pessoal e até mesmo filtrando conteúdos em redes sociais que poderiam desagradá-lo.

Jair Bolsonaro e Mauro Cid. – Reprodução

As investigações que miram o ex-presidente e seus aliados foram impulsionadas pelos materiais apreendidos justamente nos dispositivos de Mauro Cid. A partir dessas apreensões, surgiram novas linhas de investigação, como o caso das joias não declaradas à Receita Federal e um suposto esquema de venda dessas joias nos Estados Unidos.

Outras evidências, como uma minuta de decreto de GLO encontrada no celular de Cid, sugerem a possibilidade de um plano de ruptura institucional.

Gabinete do ódio

A delação de Cid também conectou investigações sobre o suposto “gabinete do ódio” no Palácio do Planalto e sustentou a mais recente ação da PF, a Tempus Veritatis, contra Bolsonaro e seus aliados.

Documentos encontrados nos dispositivos de Cid, incluindo um vídeo de uma reunião ministerial e uma suposta minuta de decreto para prender ministros do STF e convocar novas eleições, forneceram subsídios adicionais para as investigações contra Bolsonaro.

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