Saúde afirma que vacina não funciona e defende cloroquina contra Covid-19

Manifestação antivacina é assinada por secretário de Ciência e Tecnologia

Atualizado em 22 de janeiro de 2022 às 15:45
Bolsonaro e Zé Gotinha
Presidente Jair Bolsonaro e Zé Gotinha. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Ministério da Saúde do governo de Jair Bolsonaro resolveu contrariar a ciência na justificativa para a rejeição de diretrizes de tratamento da Covid-19 ao SUS.

A pasta afirma que há eficácia e segurança no uso da hidroxicloroquina contra a Covid-19. Na mesma nota técnica, a pasta declara que as vacinas não demonstram essas características.

A manifestação antivacina foi feita em tabela dentro de documento assinado pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Helio Angotti, uma liderança de ala do governo apoiadora de Bolsonaro.

As diretrizes rejeitadas haviam sido elaboradas por especialistas de entidades médicas e científicas e aprovadas pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).

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Saúde reforça negacionismo de Bolsonaro

Na mesma tabela, o ministério afirma que a hidroxicloroquina é barata, não tem estudos “predominantemente financiados pela indústria”, mas não é recomendada por sociedades médicas. Já a vacina, segundo a pasta, é cara, tem estudos bancados pela indústria e é recomendada por essas entidades.

Os textos arquivados contraindicavam o uso de medicamentos do chamado kit Covid. Esse argumento reforça distorções levantadas pelo presidente Bolsonaro de que há interesses impróprios na aprovação das vacinas.

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