Sem licitação, investigado do kit robótica também vendeu remédios a prefeituras do centrão

Atualizado em 9 de junho de 2023 às 9:57
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) está investigando Denilson de Araújo Silva por seu envolvimento no esquema de superfaturamento de kits de robótica. O escândalo envolve aliados diretos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

As investigações da PF apontaram que Denilson é proprietário da Star Medicamentos e Material Hospitalar Eireli, conhecida como Star. A companhia faturou R$ 8,5 milhões em contratos emergenciais com prefeituras de Pernambuco durante a pandemia. A informação é do UOL.

A Star Med consta do cadastro da Receita Federal como ativa e com capital de R$ 150 mil. Entretanto, a situação financeira de Denilson não condiz com a de um empresário que possui contratos milionários com entidades públicas. Ele mora numa casa humilde na periferia de Maceió e dirige um Focus 2007. O veículo não está no nome dele. O que tem seu nome é um Gol 1.0 2010.

Denilson Silva em frente a sua casa – Foto: Reprodução/PF

Denilson, além disso, foi sócio de Roberta Lins da Costa Melo na empresa Megalic, suspeita de ter vendido kits de robótica com superfaturamento, usando dinheiro proveniente de emendas de políticos do centrão. Ele deixou a sociedade em julho de 2017 e foi substituído pelo marido de Roberta, Edmilson Leite Catunda Junior.

O relatório da PF sugere que em vez de empresário, ele seria laranja do esquema. No último ano, policiais foram até a casa de Denilson e confirmaram que ele mora lá com a esposa. Na ocasião, ela disse que o marido trabalha como mecânico, o que reforça ainda mais a suspeita.

Vale destacar que a Star Med, fundada em julho de 2020, no início da pandemia, começou a fornecer medicamentos e equipamentos hospitalares para várias prefeituras de Pernambuco sem passar por processo de licitação. A empresa fechou 24 contratos até 2022.

Os maiores contratos foram com as prefeituras de Palmares, Xexéu, Ribeirão e Carpina. Juntos, esses municípios pagaram R$ 6,3 milhões à Star Med. Além disso, segundo as investigações, alguns desses contratos foram assinados pelo procurador da empresa, Rodrigo Lins Costa Melo, irmão de Roberta Lins Costa Melo, sócia da Megalic.

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