A senadora boliviana, Jeanine Áñez, se declarou presidente do país em uma sessão legislativa sem quórum e sem a presença de representantes do Movimento ao Socialismo, de Evo Morales.
Jeanine entrou no palácio do governo aos gritos, carregando uma Bíblia gigante, numa cama patética.
Ela recebeu a tarefa de convocar novas eleições em um prazo de 90 dias, mas nada garante que o fará.
Aos 52 anos, evangélica de ocasião, Jeanine nasceu em Trinidad, no departamento de Beni.
Em 2010, foi eleita para o Senado pelo partido Plano Progresso para a Bolívia – Convergência Nacional (PPB-CN).
Na última eleição de 2015, participou da sigla Unidad Demócrata.
Acusou Morales de querer ‘perpetuar-se no poder’.
É acusada de ligação com o narcotráfico internacional.
Em 16 de outubro de 2017, os traficantes Fabio Adhemar Andrade Lima Lobo e Carlos Andrés Añez Dorado foram presos no Mato Grosso.
Estavam com 480 quilos de pasta-base de cocaína.
Fabio Lobo é filho de um ex-membro do Cartel de Cali e Carlos é sobrinho de Jeanine.
“Neste caso, estamos falando de um vínculo familiar com uma pessoa de importante atividade política”, afirmou o então ministro boliviano Carlos Romero na ocasião.
“Ministro Romero, você é responsável pelo crescimento do narcotráfico no país, meu sobrinho por suas ações e eu pelas minhas. Não seja mau”, respondeu ela no Twitter.
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