Traição? O que motivou a desistência de Doria da campanha presidencial

Atualizado em 24 de maio de 2022 às 8:26
João Doria
João Doria

A desistência do ex-governador de SP João Doria (PSDB), que ontem deicidiu não mais se candidatar à Presidência da República, foi consolidada após seu aliado, o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB), dizer em uma entrevista que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) é “uma grande mulher” que poderia “representar” a terceira via como candidata de consenso.

Segundo a jornalista Mônica Bergamo, a declaração de Garcia “fez Doria ter clareza do que outras lideranças já vinham dizendo: o governador de São Paulo não estava empenhado na manutenção de sua candidatura presidencial”.

Um interlocutor do tucano disse à colunista da Folha que a “ficha” dele já vinha “caindo” há algum tempo, e que a fala do governador enterrou de vez qualquer esperança que Doria ainda pudesse ter.

“Doria já sabia, mas não esperava esse abandono explícito”, afirmou o aliado.

Foi depois da entrevista, concedida ao jornalista Pedro Venceslau, do jornal O Estado de S. Paulo, que o paulista passou a falar com pessoas próximas sobre a possibilidade de renunciar à candidatura. Ele passou a dizer que não valeria gastar energia em uma disputa em que sua derrota já estava anunciada.

O ex-governador ainda jantou com Rodrigo Garcia no domingo (22), um dia antes de divulgar amplamente a decisão. De acordo com relatos, a conversa foi tranquila.