US$ 170 mil em espécie: Quem é Paulo Maurício, diretor da Abin alvo da PF

Atualizado em 21 de outubro de 2023 às 14:26
Paulo Maurício Fortunato Pinto e montante encontrado em sua casa. Foto: Reprodução

Ex-diretor de logística da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Maurício Fortunato Pinto foi afastado do cargo nesta semana após a Polícia Federal encontrar US$ 171,8 mil em dinheiro vivo em sua residência. Esse episódio ocorreu no âmbito da operação que investiga um esquema de monitoramento ilegal de celulares pela Abin. No entanto, quem é ele e como o funcionário chegou a tal posição?

De acordo com informações da coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, Fortunato Pinto é um velho conhecido do atual diretor-geral da Abin, Luis Fernando Corrêa, a ponto dele o transferir da área de operações para a área de logística, onde era responsável pela aquisição de sistemas de inteligência. Na época, Corrêa defendeu publicamente seu subordinado durante sua sabatina e até mesmo em conversas reservadas com membros da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.

O diretor-geral assumiu total responsabilidade por Fortunato Pinto, chegando a emocionar-se em uma conversa privada com integrantes da comissão. O senador Renan Calheiros, presidente da comissão, inicialmente se opunha à nomeação de Corrêa, devido ao fato que Paulo Maurício Fortunato Pinto também exercia um cargo estratégico na época do governo Bolsonaro.

Luis Fernando Corrêa, diretor geral da Polícia Federal. Foto: Reprodução

Passado te condena

Fortunato Pinto também estava sob escrutínio devido ao seu envolvimento na CPI das Escutas Telefônicas de 2009, na qual foi acusado de comandar supostos grampos ilegais contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Durante a sabatina, Renan Calheiros levantou essa questão.

Corrêa, no entanto, sempre enfatizou sua total confiança em Fortunato Pinto, citando experiências anteriores em suas carreiras, como a colaboração na segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

Após a descoberta dos US$ 171 mil dólares em espécie na casa de seu diretor de logística, Corrêa não respondeu a mensagens de WhatsApp sobre o incidente e também não atendeu ao telefone. A assessoria da Abin não emitiu qualquer declaração a respeito do caso.

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