A Polícia Civil de São Paulo está investigando a morte do influenciador Carlos Henrique Pires Medeiros, de 26 anos, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O jovem, desaparecido desde a noite de Natal, foi encontrado enterrado no quintal de um casal de vizinhos no último sábado.
O delegado Luís Hellmeister, titular do 1º DP do município e responsável pelo caso, detalhou a investigação nesta terça-feira.
Segundo relatos de amigos, o jovem foi visto pela última vez em uma praça da cidade, onde teria dito a uma irmã que passaria a noite de Natal na casa dos suspeitos.
Os suspeitos
O marido Renan José, 28 anos, e sua esposa grávida, Caroline Mello, 24, foram presos suspeitos de envolvimento na morte. Renan, vizinho e amigo de infância da vítima, apareceu em vídeos no canal do YouTube do influencer, segundo informações do Metrópoles.
Durante o depoimento na delegacia de Itapecerica, o casal detalhou os eventos da noite da morte de Carlos Henrique. Segundo o delegado, a investigação incluirá a irmã de Caroline.
Relação sexual e uso de drogas
Segundo o delegado Hellmeister, durante a celebração de Natal na residência do casal, Renan e Henrique estavam consumindo cocaína. A vítima teria ido ao banheiro para ter uma relação com a irmã da Caroline. Após esse encontro, Henrique teria tido um mal súbito.
A investigação apontou que, após tentativas de reanimar o jovem, decidiram enterrá-lo em uma cova rasa no quintal. O corpo foi descoberto quando vizinhos notaram um cheiro estranho e um amigo em comum avistou terra remexida.
“Eles tentaram reviver o jovem. Em uma reunião, resolveram abrir uma cova rasa pra colocar o cadáver. Vizinhos começaram a notar um cheiro diferente, até que um amigo em comum saltou o muro e viu uma terra remexida. Quando encontrou o corpo, ele acionou a polícia”, esclareceu o delegado
A descoberta resultou na invasão da casa pelos moradores locais e seguidores de Carlos Henrique. O casal, temendo por suas vidas, se entregou à polícia.
A investigação
O casal continua sendo investigado. Se não houver condenação por homicídio e a morte for confirmada como um mal súbito, ambos responderão por ocultação de cadáver. O exame toxicológico e o laudo necroscópico devem ser liberados nos próximos dias, possibilitando esclarecimentos sobre a causa da morte.