Quem é Valdemar Costa Neto, o novo crush de Bolsonaro na política

Atualizado em 8 de novembro de 2021 às 20:13
Valdemar Costa Neto
Valdemar Costa Neto – Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está prestes a embarcar com o PL, de seu novo crush Valdemar Costa Neto. O mandatário era cortejado por outras duas legendas, que junto com o Partido Liberal, as chamou de “três namoradas”.

Segundo o próprio Valdemar, presidente da sigla, Bolsonaro optou por acabar com a novela e bateu o martelo de olho na disputa de 2022. O presidente está sem partido desde que saiu do PSL em novembro de 2019. A filiação de Bolsonaro deve ocorrer no próximo dia 22 (o número da sigla).

Com esse novo romance político, o DCM decidiu mostrar mais sobre a vida de Valdemar da Costa Neto. Confira abaixo.

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Quem é o novo crush político de Bolsonaro?

Valdemar Costa Neto é um administrador de empresas e político brasileiro, presidente do Partido Liberal. É filho de Waldemar Costa Filho e de Emília Caran Costa, mais conhecida como D. Leila e pai de Waldemar Augusto, Carlos Eduardo, Paulo Marcelo e Catarina.

Condenado no caso do Mensalão e Petrolão

Valdemar Costa Neto foi condenado em 2013 pelo STF a sete anos e dez meses de prisão e multa que passa de R$ 1 milhão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em 2016, teve perdão concedido pelo ministro Luís Roberto Barroso, Desde 2014, ele cumpriu prisão domiciliar, e com a decisão ficou livre e não teve mais que prestar contas à Justiça. Será mesmo?

Em 2015, foi citado por Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, investigado na Operação Lava Jato. Ele contou que Valdemar Costa Neto, recebeu 200 mil reais “por fora” e 300 reais mil em doações oficiais, para manter as portas abertas com o PR, que dominava o Ministério dos Transportes. Segundo Pessoa, nunca houve contraprestação concreta.

Renunciou mandato 2 vezes

Em agosto de 2005, Costa Neto renunciou ao mandato de deputado federal, quando se viu envolvido no escândalo do mensalão. Voltou a se reeleger posteriormente em 2007.

Em 5 dezembro de 2013 renunciou novamente ao mandato de deputado federal após condenação no processo do mensalão. Na carta, Valdemar diz que renunciou para não impor ao Parlamento “mais um constrangimento institucional”.

“Inspirado pelo respeito que tenho pelos eleitores que me delegaram a representação que traz uma extensa folha de serviços prestados, renuncio ao meu mandato de deputado federal da República Federativa do Brasil”, disse na carta. No texto, o deputado afirma não ter cometido os crimes pelos quais foi condenado. “Certo de que pagarei pelas faltas que já reconheci, reitero que fui condenado por crimes que não cometi”, afirmou na época.

Réu por corrupção passiva, peculato e fraude à licitação

Em 2013, foi investigado na Operação Porto Seguro, deflagrada no ano anterior, e que revelou um suposto esquema de fraudes em pareceres técnicos e em agências reguladoras e órgãos federais. A partir dos áudios das interceptações telefônicas, o procurador Roberto Gurgel sustenta que o parlamentar, valendo-se de sua influência política, prestava e solicitava favores a Paulo Vieira, além de haver indícios de patrocínio de interesses privados perante a administração pública.

Já em 2020, o aliado do governo Bolsonaro virou réu por peculato, corrupção passiva e fraude à licitação. Costa Neto é acusado de participar de um esquema de superfaturamento nas obras de trecho da Ferrovia Norte-Sul (FNS).

Presidente do PL em parceria com Lula

Valdemar Costa Neto foi apontado como importante personagem da aliança que venceu as eleições presidenciais de 2002. Principal artífice da costura política que criou a chapa formada por Lula e José Alencar, o então deputado Valdemar Costa Neto foi Presidente e Secretário Geral do PR (partido que nasceu da fusão do Partido Liberal com o PRONA). Valdemar continuou como líder do partido, mesmo após preso no processo do mensalão.

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