“Vamos parar de interagir com Brasil e China”, diz cotada a ministério na Argentina

Atualizado em 21 de novembro de 2023 às 21:22
Diana Mondino e Javier Milei

Em entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti, Diana Mondino, principal candidata para assumir o ministério das Relações Exteriores da Argentina disse que o país não vai mais ter relações com o Brasil e com a China.

Durante a conversa, ela foi questionada se o país incentivaria as exportações e importações com esses dois países, mas negou: “Vamos parar de interagir com os governos do Brasil e da China”.

Apesar de o Brasil e a China estarem na lista dos principais parceiros comerciais da Argentina, o presidente eleito Javier Milei criticou e atacou as duas nações durante sua campanha eleitoral.

O argentino chamou Lula de “comunista”, “ladrão” e “corrupto”, avisando que não encontraria o petista caso se elegesse. Após a vitória nas eleições presidenciais do último domingo (19), o argentino convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro  e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, para comparecer a sua cerimônia de posse, que ocorrerá em dezembro.

Já sobre a China, Milei afirmou que o governo chinês é um “assassino” e que o povo daquela nação “não é livre”.

Javier Milei com expressão séria, de óculos, falando em microfone
Javier Milei, presidente eleito da Argentina – Reprodução

De acordo com um texto divulgado na tarde desta terça-feira (21) pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Brasil e Argentina mantêm uma relação amistosa de cooperação colaborando em diversos projetos e eles não serão interrompidos.

“Devido à recente eleição argentina, peças de desinformação estão repercutindo um falso rompimento diplomático entre Brasil e seu aliado histórico. Esses conteúdos maliciosos estão alegando que o governo brasileiro teria a intenção de retirar investimentos de obras em parceria com o país vizinho. Isso não é verdade”, afirma o texto.

O comunicado completou: “A Aliança Estratégica Brasil-Argentina, relançada em 2023, é singular por conta de sua relevância, em todos os níveis, para ambos os países, do local ao global. Há sólidas e densas relações econômicas”.

Ainda hoje, Lula afirmou que “não tem de ser amigo” de presidentes de países vizinhos, mas é necessário que haja uma relação republicana entre eles.

Sem citar o nome de Javier Milei, o presidente brasileiro pontuou que a América do Sul “está vivendo algumas confusões” e que é preciso “chegar a um acordo”.

“Eu não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela… Ele não tem que ser meu amigo, ele tem que ser presidente do país dele e eu tenho que ser presidente do meu país”, destacou Lula em cerimônia do Itamaraty.

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