VÍDEO: Após invadir hospital de ‘QG do Hamas’, Israel acha só 10 fuzis e nenhum terrorista, túnel ou refém

Atualizado em 15 de novembro de 2023 às 20:54
Israel aponta que o Hamas tem usado por anos o Al-Shifa para acobertar ações terroristas. O Hamas nega. Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (15), as Forças de Defesa de Israel (FDI) não encontraram o QG do Hamas nem combatentes do movimento terrorista após uma operação no hospital Al Shifa, o maior da Faixa de Gaza. A ação militar, que teve início na noite de terça-feira (14) com tropas após vários bombardeios na área do local, não resultou em confrontos diretos dentro do hospital, segundo as autoridades israelenses.

Tudo que o exército israelense apresentou foram 10 fuzis, uma pistola e algumas peças de de roupas militares. Pelo que foi divulgado até o momento, reféns, inimigos ou túneis não estavam no hospital, ao contrário do propagandeado por Israel para justificar o massacre neste e outros hospitais.

De acordo com informações de um jornalista colaborador da AFP, as tropas israelenses estabeleceram posições ao redor do complexo médico após a operação, interrogando dezenas de civis antes de liberá-los. Atualmente, o hospital abriga cerca de 2.300 pessoas, entre pacientes, profissionais de saúde e deslocados devido à ofensiva israelense na região palestina.

As FDI alegam que a operação foi conduzida em resposta ao “uso militar continuado do hospital de Shifa pelo Hamas”. Um oficial das IDF informou que foram encontradas armas e infraestrutura terrorista, caracterizando o hospital como um “quartel-general terrorista” do grupo palestino.

“Os soldados das FDI acharam armas e outras infraestruturas terroristas. Na última hora, vimos evidências concretas de que os terroristas do Hamas usaram o hospital de Shifa como um quartel-general terrorista”, disse à Reuters, mas não detalhou especificamente quais áreas do hospital foram alvo da busca, mas garantiu que as provas seriam apresentadas posteriormente.

Imagens divulgadas pelo Exército de Israel mostram soldados na região do Hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza. Foto: Israel Defense Forces via AP

Apesar de Israel afirmar que não houve confronto dentro do hospital, o Hamas alega 30 mortes durante a operação, uma informação que não pôde ser verificada de forma independente. Enquanto isso, os Estados Unidos expressaram desaprovação a ataques aéreos em hospitais, e a OMS manifestou extrema preocupação com a situação, relatando a perda de contato com os médicos locais.

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