VÍDEO: Biden é interrompido em comício por gritos de apoio à Palestina e contra o genocídio

Atualizado em 24 de janeiro de 2024 às 9:09
Manifestante em apoio à Palestina interrompe Biden durante um evento de campanha

O presidente dos EUA, Joe Biden, foi interrompido várias vezes por manifestantes que protestavam contra os ataques de Israel a Gaza num comício que promovia o acesso ao aborto.

Quando o seu discurso começou, foi imediatamente interpelado por um homem que levava uma bandeira palestina e gritava: “Quantas crianças foram mortas?” Logo depois, tentaram calá-lo aos berros de “mais quatro anos!”.

Assim que houve um certo silêncio, outro manifestante gritou: “Israel mata duas mães a cada hora!”. Em poucos minutos, mais pessoas gritavam frases como “Genocide Joe tem que acabar” e “Pare de financiar o genocídio”, que foram novamente respondidas com gritos de “Mais quatro anos!”

“Vamos continuar com isso por um tempo”, disse ele após uma interrupção.

Os manifestantes foram escoltados para fora do evento de campanha, que ocorreu em Manassas, Virgínia. O discurso do presidente para destacar seu foco nos direitos reprodutivos da mulher foi interrompido em cerca de 10 ocasiões.

Enquanto ele falava sobre a ação de Trump na Suprema Corte contra o aborto, uma mulher o interrompeu. “Por favor, não pulem”, disse Biden a alguém que gritava no meio da multidão no andar superior.

O discurso de Biden durou cerca de 20 minutos, com interrupções.

Biden havia se encontrou com manifestantes  que pediam um cessar-fogo em Gaza na Carolina do Sul, no início deste mês. Ele enfrentou protestos durante quase todos os comícios por causa de sua posição pró-Israel em resposta aos ataques do Hamas em 7 de outubro, que mataram mais de 1 000 israelenses.

O presidente tem enfrentado uma pressão crescente para pedir um cessar-fogo em Gaza e rejeitou esses apelos, argumentando que isso permitiria ao Hamas reagrupar-se e apenas os ajudaria.

Um número crescente de jovens eleitores democratas está descontente com Biden por seu apoio a Israel. Isso é um motivo de preocupação para os democratas, já que essa oposição pode ameaçar um pilar fundamental das eleições de 2020.

Nos últimos dois meses, os jovens têm visto nos noticiários e nas redes sociais imagens de guerra e destruição. Eles acompanharam o número de mortos, que passou de 25 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

Os eleitores registrados com idades entre os 18 e os 29 anos disseram que eram mais propensos a apoiar a causa palestina, segundo uma pesquisa recente do jornal New York Times com o instituto de pesquisa Siena.