O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que ele publicou vídeo golpista dois dias após os ataques terroristas de 8 de janeiro por engano. O ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social) ainda disse que a defesa explicou à Polícia Federal como são feitas as postagens nas redes sociais com um “vídeo ilustrativo”.
“A mecânica de postagem se dá com meros dois cliques. A gente juntou ao depoimento um vídeo ilustrativo sobre como se dá a postagem”. afirmou Fábio Wajngarten. Segundo ele, Bolsonaro estava medicado e fez a publicação por engano, com o objetivo de guardar o conteúdo para ver depois.
Wajngarten ainda diz que o vídeo foi excluído por Bolsonaro assim que ele foi “alertado” sobre o conteúdo. “Sequer o presidente sabia, havia percebido que havia postado referido conteúdo. Assim que alertado, apagou o vídeo”, prosseguiu.
?BIZARRO: Segundo Fábio Wajngarten, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava sob o efeito de medicamentos quando publicou informações falsas sobre eleições no Facebook
?@Metropoles pic.twitter.com/JF5xZ3IRXe
— PESQUISAS E ANÁLISES ELEIÇÕES 2022 (@pesquisas_2022) April 26, 2023
Paulo Cunha Bueno, também advogado do ex-presidente, afirmou que houve um “equívoco” na hora de armazenar o vídeo. “Foi um equívoco na hora de salvar o arquivo para assistir posteriormente. Foi ele que postou, mas foi um incidente. Ele foi avisado do erro e apagou”, alega.
Bolsonaro virou alvo de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) pela publicação e é investigado como um dos autores intelectuais e instigador dos ataques. Ele prestou depoimento nesta quarta (26) à Polícia Federal e a tese da defesa foi a de que ele queria enviar o vídeo pelo WhatsApp e não pelo Facebook, mas se confundiu porque estava medicado.
Na ocasião, Bolsonaro havia acabado de receber alta médica depois de ser internado com fortes dores abdominais nos Estados Unidos. O conteúdo foi excluído após cerca de duas horas no ar.