O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos) Foto: Reprodução/Redes Sociais
Na manhã desta sexta-feira (3), um dia após revelar um plano golpista com envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-deputado Daniel Silveira (PTB), o senador Marcos do Val (Podemos), disse que o ex-presidente e seus filhos são “parceiraços” e admitiu que a denúncia foi uma “estratégia” pra confundir a “imprensa marrom”.
“As pessoas que estão me julgando agora não estão entendendo a estratégia. Não faço acordos tentando minimizar, não tenho nenhum objetivo a não ser mudar o Brasil e mudar o sistema que acontece aqui”, afirma Do Val em vídeo publicado no Instagram.
“O que me impressiona é ver vocês validando essas informações da imprensa marrom. Quem trabalha no setor de inteligência sabe que a gente não faz um histórico de começo, meio e fim. Nós soltamos informações, em cada emissora de uma forma, para ludibriar o inimigo”.
O parlamentar agradece o apoio que vem recebendo depois da denúncia por parte do clã Bolsonaro. Desde ontem, ele está tentando isentar o ex-capitão da responsabilidade pelo planejamento do golpe.
“Bolsonaro está sendo comunicado, gentilmente disponibilizou o ministro da Comunicação dele, Flávio Bolsonaro parceiraço, Eduardo Bolsonaro parceiraço, então fiquem tranquilos que estamos trabalhando de forma estratégica”, destacou o parlamentar.
Em seu depoimento à Polícia Federal (PF), na noite de ontem, Do Val relatou que Bolsonaro se comprometeu esperar uma resposta dele sobre o plano e “só ouviu” o plano de Silveira, sem tomar frente da situação. A “proposta de Silveira” era grampear as conversas com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes.
Por sua vez, o bolsonarista, que se mostrou extremamente confuso em suas decisões nos últimos dias, vem usando suas redes sociais para justificar suas recentes, e expressas, atitudes. O senador tem sido cobrado por eleitores e seguidores, e foi nomeado como “traidor da direita”.
O senador informa no vídeo que não foi necessário mostrar aos investigadores suas conversas com membros da família Bolsonaro.
“Não mostrei nenhuma conversa minha com o presidente, não mostrei nenhuma conversa minha com Flávio Bolsonaro, não mostrei e não permiti ninguém visualizar minha conversa com Eduardo Bolsonaro”, encerrou.
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