Nesta última segunda-feira (02), uma mulher negra denunciou um caso de racismo ocorrido no metrô em São Paulo. O caso gerou repercussão nacional e viralizou após a família da vítima divulgar o que aconteceu.
Segundo a denúncia, uma mulher branca, identificada como Agnes Vajda, disse a outra mulher, negra, que estava sentada do seu lado, para ela tomar cuidado com o cabelo pois poderia “transmitir doenças”. O caso de racismo aconteceu em um vagão do Metrô na cidade de São Paulo e gerou muita revolta dos passageiros que estavam no local.
“Falou que eu poderia passar doença pra ela, por causa do meu cabelo”, afirmou Welica Ribeiro, que é do Rio de Janeiro e estava no vagão com o irmão e o pai. “Só quem passa na pele que sabe”, afirmou o irmão da vítima, quem gravou os vídeos divulgados.
Uma das testemunhas, o corretor de imóveis Samuel Lopes, que estava no momento, confirmou o ocorrido. “Uma mulher, na hora, virou assim: ‘moça, você pode tirar seu cabelo, que você pode passar alguma doença para mim?’. Naquela cara de cinismo mesmo”.
Revoltadas, demais pessoas que estavam no vagão impediram a saída da agressora até a chegada da Polícia Militar. Vítima registrou boletim de ocorrência e ambas foram ouvidas na delegacia.
Em vídeo, é possível ver a mulher sendo escoltada, em meio a gritos de passageiros revoltados.
RACISMO NA ESTAÇÃO DE METRÔ ANA ROSA
Essa mulher foi racista com uma família do RJ que está passando férias em SP
Ela disse pra eles que “preto passa doença”
A desgraçada foi escoltada pela PM para delegacia
Pena que não consegui filmar o rosto (disseram que ela é gringa) pic.twitter.com/t9zkxG9Uti— fernanda (@fefeiaaa) May 2, 2022
➡️Mulher é escoltada pela PM aos gritos de “racista” no Metrô SP
Polícia investiga caso que ocorreu em um vagão da Linha 1-Azul do Metrô e gerou protestos na estação Ana Rosa no noite dessa segunda (2/5).
Leia: https://t.co/OgzzpvGrXy pic.twitter.com/yS9TsHceVW
— Metrópoles (@Metropoles) May 3, 2022
“Eu espero que as pessoas entendam de uma vez por todas que somos iguais, somos seres humanos. A gente nasce igual todo mundo, a gente vai terminar como todo mundo, que não existe melhor do que ninguém. As pessoas precisam entender que precisamos ser respeitados, não porque somos negros, mas porque somos seres humanos e a gente merece respeito”, disse Wellica.