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VÍDEO – “Sirene não salva vidas”: Prefeito de São Sebastião grita com jornalistas e abandona entrevista

O prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), em entrevista à BandNews
Foto: Reprodução/Redes Sociais/BandNews

O prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), respondeu que “não é sirene que salva vida” ao ser questionado sobre as notificações feitas em algumas cidades do país, como na Região Serrana do Rio de Janeiro, para evitar tragédias causadas pelas fortes chuvas. O gestor falava sobre as medidas tomadas e a instalação de alarmes sonoros.

As declarações do prefeito da cidade do litoral norte de São Paulo, a mais atingida pelas fortes chuvas do último final de semana, foram feitas em uma entrevista à BandNews na manhã desta quinta-feira (23). Ele se irritou durante a conversa com os jornalistas e criticou as atitudes da imprensa. No final, enfurecido, abandonou a entrevista.

“Não existe sirene para aviso de área de risco em uma cidade com mais de 100 km e onde você tem rapidamente a comunicação (..) Nós temos um trabalho de treinamento continuado nessa cidade para vocês virem na imprensa e falar de sirenes?”, questionou o prefeito.

Augusto classificou como inverídica a informação de que pessoas não foram alertadas sobre os temporais na região, sobretudo por mensagens de celular. Segundo ele, a população foi avisada de várias formas, inclusive nas redes sociais da Defesa Civil. Os moradores, em sua maioria, negam.

Ao contrário do que o prefeito informou, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) afirmou que o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura de São Sebastião já haviam sido alertados, com dois dias de antecedência, sobre o risco de desastre na cidade por causa dos fortes temporais, mas não tomaram as providências adequadas.

Em uma tentativa de “mostrar serviço” e se defender das “acusações da imprensa”, o político disse que casas que custam entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões foram atingidas e “tiveram gente morta porque desabou”. Segundo ele, existem 400 moradores em áreas de risco e “diversos empresários, numa reunião com 500 pessoas, se reuniram contra o governo”.

Após se defender, o político insistiu em questionar o uso das sirenes para prevenir tragédias como a do litoral norte paulista: “Estamos trabalhando sem parar e vocês vêm falar de sirenes?”.

Até o momento, as autoridades paulistas confirmaram que 49 pessoas morreram, sendo 48 em São Sebastião e uma em Ubatuba. Ao menos 38 corpos jforam identificados e liberados para o sepultamento. São 13 homens, 12 mulheres e 13 crianças. De acordo com a gestão estadual, são mais de 1.730 desalojados e 1.799 desabrigados.

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Kaique Moraes

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