VÍDEOS: Argentinos lotam as ruas na primeira greve geral contra o governo Milei

Atualizado em 24 de janeiro de 2024 às 15:26
Greve geral contra medidas de Javier Milei foi convocada por centrais sindicais do país. Foto: Luis Robayo/AFP

Nesta quarta (24), a Argentina passa por uma greve geral contra o presidente do país, Javier Milei. O ato foi convocado pela principal central sindical do país, com duração prevista até meia-noite de hoje e comícios em frente ao Congresso, no centro da cidade de Buenos Aires.

Diversos sindicatos aderiram ao ato, paralisando, adiando ou interrompendo os trabalhos nos setores de transporte, saúde, administração pública e serviços bancários. A greve é chefiada pela Central Geral de Trabalhadores (CGT) e ocorre em meio às negociações de um megaprojeto de Milei que promove o corte de vários direitos, inclusive trabalhistas.

O ato é uma forma de protesto contra os planos do governo de corte de gastos e privatização de serviços públicos.

Centenas de ônibus chegaram ao centro de Buenos Aires desde a manhã desta quarta. A Praça de Maio, no centro da cidade, está completamente cercada por forças policiais, que fazem parte de uma operação do governo contra manifestantes.

Além da paralisação dos serviços de diversos setores, o ato desta quarta também tem a previsão de diversas concentrações e marchas, incluindo uma até o Congresso, que devem votar as reformas ultraliberais de Milei em breve.

Mais cedo, 2,5 mil membros de um sindicato ligado aos trabalhadores da construção civil foram barrados por policiais ao tentar atravessar a Ponte Bartolomeu em direção a Buenos Aires. “Iríamos em fila única, sem bloquear uma única faixa, mas eles não nos deixam. Não se pode nem mesmo caminhar em uma democracia”, afirmou um dos organizadores do ato ao jornal La Nación.

A CGT já acionou os tribunais do país para suspender algumas medidas de Milei e a greve geral de hoje traz o slogan “La Patria no se vende” (“A Pátria não se vende” em português). Parte dos voos para deixar o país também foram cancelados, como as viagens entre Argentina e Brasil, feitas pelas empresas aéreas Gol e Latam.

O ato foi anunciado em dezembro de 2023. Antes da divulgação da greve geral, Milei já era alvo de protestos de centrais sindicais, que promoveram uma marcha até os tribunais de Buenos Aires em apoio a uma decisão judicial que considera seu “megadecreto” inconstitucional.

Veja vídeos da greve geral na Argentina:

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