O presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a Budapeste, na Hungria, nesta quinta-feira (17) para se encontrar com o primeiro-ministro do país, Viktor Orbán.
Um dos 10 chefes de Estado que vieram à posse do brasileiro em 2019, o húngaro é uma espécie de Bolsonaro europeu.
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Quem é Viktor Orbán
Conhecido por seu forte discurso anti-imigração, Orbán já havia associado imigrantes ao terrorismo e ao crime. Desde que chegou ao poder, em 2010, ele é defensor do que chama de “democracia não liberal” e se mantém no poder unindo nacionalistas e ultraconservadores na Hungria.
O poder acumulado pelo primeiro-ministro em pouco mais de uma década permitiu que ele trocasse centenas de juízes das cortes húngaras por aliados. Ele aumentou o número de juízes do Supremo Tribunal do país de 11 para 15 e nomeou os ocupantes das novas cadeiras. Para alguns especialistas, o primeiro-ministro corrompeu a democracia por dentro.
Autoritarismo de Orbán atingiu a imprensa e as escolas
A lei eleitoral foi alterada para beneficiar seu partido, centenas de jornais independentes foram transformados em máquinas de propaganda do Estado e livros didáticos de História foram alterados para incluir conteúdo considerado xenofóbico.
Em 2015, a Hungria foi a primeira nação a erguer uma fronteira física para impedir que milhares de refugiados atravessassem o país.
O autoritarismo de Viktor Orbán serviu de inspiração para a extrema direita na Europa. Na Polônia, que vem implementado uma série de medidas para retirar a autonomia do Judiciário, o partido ultraconservador Lei e Justiça já declarou espelhar-se nele e na sua legenda Fidesz (Partido União Cívica Húngara).
Orbán se reuniu com Eduardo Bolsonaro em 2019
Em abril, o húngaro recebeu em Budapeste o filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Na época, o parlamentar estava à frente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Bolsonaro retribuiria a visita em 2020, mas teve de suspender a viagem por conta da pandemia. Hoje, ele realiza sua primeira visita oficial ao país.
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