Quem acompanha os trabalhos da Verde Asset, hoje com R$ 52 bilhões sob gestão, não estranhou a assinatura de Luis Stuhlberger na carta dos economistas, divulgada no fim da última semana.
A carta assinada por mais de 1,7 mil economistas, empresários e banqueiros pede medidas efetivas no combate à pandemia, com críticas duras ao governo federal. Stuhlberger diz que, se fosse analisar a carta dos economistas, a conversa duraria cinco segundos. “Ela é óbvia por si só e o que tenho a acrescentar ao que está escrito é nada”, diz.
“Ela é completa, é longa, traz a referência de onde saíram os números.”, completou.
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Visão pessoal de Stuhlberger sobre a gestão da pandemia no Brasil
Em entrevista ao jornal Estadão, Stuhlberger também fez uma leitura pessoal e uma reflexão sobre a pandemia, o que o Brasil perdeu e suas perspectivas daqui para frente.
“Estou aqui dizendo: ‘votei em 2018, acreditei na sua proposta, mas você não vai ter mais o meu voto’”, disse o gestor.
Stuhlberger falou que se morasse em outro planeta e descobrisse como a Presidência do Brasil lidou com a pandemia acharia ser mentira.
“Se eu morasse em Marte, chegasse hoje na Terra e fosse informado sobre como o Executivo brasileiro lidou com a pandemia nos últimos 12 meses, eu diria que era mentira, uma história surreal.”, afirmou.
O gestor também comparou a gestão brasileira da pandemia a da China
“A China, de forma ditatorial, colocou todos os moradores de Wuhan em casa, com os produtos a serem consumidos entregues uma vez por semana. Se a sociedade brasileira tivesse atendido aos apelos de Bolsonaro, que taxou a pandemia de ‘gripezinha, mi-mi-mi, de vamos levar uma vida normal, todo mundo pega e a gente recomeça sem esse aborrecimento todo’, seriam 7 milhões de brasileiros mortos.”