Wajngarten chama ex-comandantes do Exército e Aeronáutica de ‘focas adestradas’

Atualizado em 16 de março de 2024 às 16:35
Fabio Wajngarten, chefe da Secom, e Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio da Alvorada, em Brasília. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O advogado Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação no governo de Jair Bolsonaro, intensificou sua defesa do ex-presidente nesta sexta-feira, 15, após os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica admitirem em depoimento à Polícia Federal terem sido sondados sobre um plano de golpe.

Os depoimentos dos militares e de outros investigados no inquérito do golpe foram tornados públicos nesta manhã, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantar o sigilo das declarações prestadas à PF.

Wajngarten, um dos advogados de Bolsonaro neste caso, sem mencionar nomes, usou as redes sociais para rebater as acusações contra o ex-presidente.

“Tem um monte de focas adestradas, bajuladores natos, que falavam o que queriam para ganhar segundos de atenção e notoriedade. Quando apertados, se escondem e ou se portam feito melhores amigos de infância de quem sempre repudiaram”, declarou.

Em seus depoimentos, o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, atribuiu ao ex-presidente a articulação de reuniões com comandantes das Forças Armadas para discutir “hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral”. Já o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, também relatou à Polícia Federal que Bolsonaro aventou a possibilidade de golpe.

Além dos depoimentos, outro indício complica a situação do ex-presidente: um áudio enviado por Mauro Cid sugere que Bolsonaro ajudou a redigir e editar uma minuta de golpe.

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