YouTube proíbe fake news sobre eleições 2018 e deve derrubar live de Bolsonaro

Atualizado em 22 de março de 2022 às 16:04
Bolsonaro, em live no YouTube
YouTube vai derrubar quem atacar eleições, inclusive lives de Bolsonaro – Foto: Reprodução

YouTube atualizou as políticas de uso e passou a proibir fake news sobre as eleições de 2018. Críticas infundadas sobre as urnas eletrônicas nas últimas eleições também estão entre os temas que não serão tolerados. Com isso, lives do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão sob risco.

Com a nova atualização, a plataforma traz para o Brasil algo que já é presente nos Estados Unidos e na Alemanha, porém com uma diferença notável, nos outros dois países essa medida foi tomada após as eleições e não antes, como é o caso brasileiro, sendo uma estratégia de prevenção à desinformação.

Conteúdos jornalísticos que falem sobre notícias falsas nas eleições de 2018 ou sobre as urnas eletrônicas são exceção e não serão inclusos à regra.

O YouTube também passará a exibir dois painéis no site, criados em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com informações corretas sobre eleições e urnas eletrônicas. Um deles aparecerá quando o usuário buscar pelos termos ligados à desinformação, como “urna segura”, “urna venezuelana” e “urna chinesa”. O outro aparecerá na watchpage da página.

A mudança entra em vigor hoje (22). A gerente de Políticas Públicas do YouTube no Brasil, Alana Rizzo, disse que é “peimeiro passo” e que novas mudanças podem ser feitas.  “É um primeiro passo. Ao longo do tempo vamos avaliar se está funcionando. Não significa que não vai ser atualizado posteriormente”, disse.

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YouTube: Live de Bolsonaro será derrubada

Com a nova mudança no YouTube, vídeos já publicados que desrespeitam a nova política da plataforma serão removidos. O criador não será punido nesse primeiro momento, as advertências, suspensões e exclusões terão início após um período de adaptação de 30 dias.

A atualização atinge o presidente Jair Bolsonaro (PL), que sempre critica as eleições de 2018. Em julho do ano passado, o presidente fez uma live para questionar o resultado das últimas eleições. A transmissão foi feita pela TV Brasil e segue disponível no YouTube. O vídeo deve ser excluído com a nova política da plataforma.

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