O YouTube Brasil está estudando a possibilidade de suspender o canal de Bolsonaro por conta das fake news. A decisão da plataforma deve ser tomada nas próximas horas e, se for suspenso, o canal fica off por uma semana. A direção do site viu com preocupação a live em que o presidente disse que vacinas causam AIDS e enxergou isso como a gota d’água.
Um funcionário do YouTube, que não pôde se identificar por contrato de confidencialidade, confirmou o caso. Segundo ele, a plataforma está em reunião, inclusive com executivos americanos, para tomar a decisão. “Se fosse qualquer outra pessoa, o canal já estaria suspenso, mas trata-se do presidente de um país, é delicado”, explicou o Técnico de Informação.
Na visão do YouTube, um simples aviso de que se trata de uma fake news seria pouco eficaz. Primeiro porque os seguidores de Bolsonaro não costumam dar importância para checagem de fatos. Também existe a conclusão de que, um puro e simples aviso, não faria o presidente parar de propagar fake news em seu canal. Mesmo assim, a suspensão é vista como radical e os executivos pisam em ovos.
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A decisão do YouTube
“Está dividido, há quem pense na suspensão, mas há quem defenda uma punição menos severa”, revelou o funcionário do YouTube. Fato é que a plataforma já está no limite com as mentiras de Bolsonaro e sabe que pode sobrar para ela.
“O que pesa contra, no entanto, é que o YouTube costuma dar tratamento especial para autoridades”, explica. Ele diz que o site não gosta de punir presidentes e, quando o faz, normalmente é em final de mandato. “Um ano ainda é muito para ter uma convivência tão complicada assim”.
Atualmente o canal de Bolsonaro tem 3,56 milhões de assinantes e é o maior entre os políticos brasileiros. Uma punição o impediria de alcançar a maior parte dos seguidores na rede, mas não de fazer a live. Isso porque ele poderia usar o próprio Facebook e o Instagram para a transmissão da semana.
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